ATA DA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 27-02-2008.

 


Aos vinte e sete dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Neuza Canabarro, Professor Garcia e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Marcelo Danéris, Maristela Maffei, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Wilton Araújo. À MESA, foi encaminhado, pela Vereadora Neuza Canabarro, o Projeto de Lei do Legislativo nº 017/08 (Processo nº 0693/08). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios s/nº, do Vereador Hélio Blodorn Hobuss, Presidente da Câmara Municipal de São Lourenço do Sul – RS –, e nº 002/08, do Vereador Fernando Benatto, Presidente da Câmara Municipal de Paraí – RS. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Segunda, Terceira e Quarta Sessões Ordinárias. A seguir, em face de questionamento formulado pelo Vereador Adeli Sell, o Senhor Presidente informou ainda não ter recebido retorno quanto a solicitação efetuada para agendamento de audiência com a Ministra Dilma Rousseff, para debates relativos à instalação de metrô em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib discorreu sobre políticas econômicas seguidas pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comentando a situação vivenciada pelo País nessa área, com a existência de um superávit nas reservas cambiais. Sobre o assunto, declarou que esse quadro é decorrente da emissão de Títulos do Tesouro Nacional e da compra de dólares pelo Banco Central, atentando para o montante da dívida interna que ainda possui o Governo Federal. A Vereadora Margarete Moraes analisou problemas existentes nas redes de ensino público estadual e municipal, cobrando melhores condições de educação e segurança para os estudantes. Ainda, comentou a morte de Moisés Freitas da Fonseca, supostamente causada por bomba de captação de água no lago Guaíba. Finalizando, formulou críticas ao Secretário Municipal de Obras e Viação, Maurício Dziedricki, e afirmou que sindicância do Ministério da Educação aponta irregularidades na Secretaria Municipal da Juventude. A Vereadora Neuza Canabarro discorreu acerca das atividades que vêm sendo desenvolvidas pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente, chamando a atenção para medidas com o intuito de fiscalizar e auxiliar o combate à dengue em Porto Alegre. Além disso, relatou reunião realizada na tarde de ontem, relativa à implantação, na Cidade, por meio da utilização de recursos oriundos do Orçamento da União, de postos de atendimento do Programa de Saúde da Família. A seguir, a Vereadora Maristela Maffei manifestou-se, sugerindo que questões levantadas pela Vereadora Margarete Moraes, em Comunicação de Líder, relativas a escolas públicas estaduais em Porto Alegre, sejam encaminhadas à Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador DJ Cassiá Gomes teceu considerações a respeito da carga tributária brasileira, justificando que os trabalhadores são penalizados pelo excesso de tributos. Nesse contexto, posicionou-se criticamente quanto à falta de oportunidades aos jovens, especialmente no que se refere à educação, à cultura e ao emprego, alegando que a população espera de seus governantes mais ações políticas em prol dessas áreas. Em continuidade, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, do Jornalista Raul Moreau. Também, foi apregoado o Memorando nº 039/08, firmado pelo Vereador Sebastião Melo, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do Vereador Bernardino Vendruscolo, hoje, na cerimônia fúnebre da Senhora Luiza Gonçalves de Souza Pitol, às quinze horas, no Cemitério São Vicente, no Município de Canoas – RS. Ainda, foi apregoado o Ofício nº 158/08, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, comunicando que se afastará do cargo de Prefeito Municipal de Porto Alegre, do dia vinte e sete de fevereiro ao dia dois de março do corrente, para gozo de férias. Após, por solicitação do Vereador Ervino Besson, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma à Senhora Luiza Gonçalves de Souza Pitol. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Professor Garcia discorreu sobre a divulgação dos atos do Governo Municipal, sustentando que essa propaganda não se constitui em ato com intenção política e sim em importante instrumento para esclarecer os porto-alegrenses acerca das obras realizadas pela Prefeitura. Sobre o assunto, lembrou que em Governos anteriores na Cidade também essas divulgações eram prática corriqueira e nem por isso se constituíam em ações irregulares. Em prosseguimento, nos termos do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL ao Vereador Carlos Comassetto, que relatou sua participação, em Representação Externa deste Legislativo, nos dias vinte e cinco e vinte e seis de fevereiro do corrente, nas atividades de elaboração do Plano Nacional de Habitação de Interesse Social, no Ministério das Cidades, em Brasília – DF. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz comentou dados divulgados em relatório da Organização das Nações Unidas acerca da conjuntura socioeconômica brasileira, opinando que as afirmações ali contidas, de que o Brasil é um país corrupto, violento e racista, não estão completamente fora da realidade. Nesse sentido, citou notícias relativas aos lucros obtidos por bancos, ao aumento do consumo de drogas, à impunidade no sistema judiciário brasileiro e à expulsão de indígenas de suas terras. A seguir, o Vereador Carlos Comassetto formulou Requerimento verbal, solicitando que seja oficiado ao Governo Estadual para que informe a esta Casa os recursos repassados à Prefeitura Municipal de Porto Alegre para investimento em saúde pública. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei pronunciou-se a respeito do aumento da drogadição em Porto Alegre, afirmando que, apesar desse problema estar presente no mundo todo, os índices verificados na Cidade são alarmantes. Nesse sentido, referiu-se à importância dos investimentos em políticas voltadas à educação dos jovens, indagando acerca da destinação de recursos federais repassados ao Município para essa finalidade. Em continuidade, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 193/06, em sua parte vetada, considerando-se mantido o Veto Parcial aposto, por um voto SIM e vinte e um votos NÃO, após ser discutido pelos Vereadores Ervino Besson e José Ismael Heinen, tendo votado Sim o Vereador José Ismael Heinen e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia e Wilton Araújo. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 186/07, considerando-se mantido o Veto Total aposto, por vinte e um votos NÃO, tendo votado os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Luiza, Mario Fraga, Mauro Zacher, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia e Wilton Araújo. Na oportunidade, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se acerca da votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 186/07. Em  Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 072/07, com ressalva da Emenda nº 01 aposta, por vinte e cinco votos SIM, um voto NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores José Ismael Heinen, Ervino Besson, Elói Guimarães, João Antonio Dib, Dr. Raul, Claudio Sebenelo e Elias Vidal, em votação nominal solicitada pelo Vereador Marcelo Danéris, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Zacher, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sofia Cavedon e Wilton Araújo, Não o Vereador Marcelo Danéris e tendo optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, da Senhora Maria Horácia Ribeiro de Ribeiro, Presidenta da União das Associações de Moradores de Porto Alegre – UAMPA. Em continuidade, foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 072/07. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 087/07, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Luiz Braz e Dr. Raul e pelas Vereadoras Maristela Maffei e Margarete Moraes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 179/07, após ser encaminhado à votação pelo Vereador Aldacir Oliboni. Após, o Senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/07, discutido pelas Vereadoras Margarete Moraes e Maria Celeste, os Projetos de Lei do Legislativo nos 102, 247, 279, 287, 314, 315, 316, 317, 318, 320, 322, 325/07, 002, 003, 004, 008, 009/08, 278/07, este discutido pelo Vereador Carlos Comassetto, e 007/08, discutido pelo Vereador Adeli Sell, os Projetos de Lei do Executivo nos 002, 004, 005, 006, 008 e 001/08, este discutido pelo Vereador João Antonio Dib, os Projetos de Resolução nos 088 e 085/07, este discutido pela Vereadora Margarete Moraes e pelo Vereador Carlos Comassetto; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 027/07, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/08, o Projeto de Lei do Legislativo nº 295/07, o Projeto de Lei do Executivo nº 003/08, discutido pelo Vereador João Antonio Dib. Às dezesseis horas e cinqüenta e um minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo e Claudio Sebenelo e secretariados pelos Vereador Ervino Besson e Claudio Sebenelo, este como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para um Requerimento.

 

O Sr. Adeli Sell: Sr. Presidente, requeiro algumas informações: a primeira delas é se V. Exª já tem um retorno sobre a audiência que esta Casa solicitou com a Ministra Dilma Rousseff para tratar das questões do metrô; essa é a primeira informação que eu gostaria que V. Exª nos passasse assim que a tivesse, e, se não a tiver ainda, quais as medidas que poderíamos tomar para fazer essa reunião com a Ministra.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Prezado Ver. Adeli, nós não temos essa resposta ainda; todavia, vamos diligenciar na presidência para que seja feito novo contato, inclusive conto com a ajuda de V. Exª e com a dos demais Vereadores para que ela possa ser realizada.

Srs. Vereadores, seria desnecessário, mas, como os senhores sabem, o Regimento sofreu alterações neste ano. Na quarta-feira, não tendo Tribuna Popular, é momento de Comunicações de Líder e, em não as tendo, imediatamente passamos à Ordem do Dia. Então, consulto se alguma Liderança quer fazer uso da palavra.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, os jornais, a imprensa toda, o Congresso Nacional, os Plenários dos Legislativos só falam de uma coisa agora: o Brasil tem divisas externas em volume maior que as suas próprias dívidas. Sobram cerca de cinco bilhões de reais. É um fato inédito, diz o Sr. Presidente Lula, que isso tenha ocorrido, que o Brasil tenha reservas cambiais maiores do que as suas dívidas e que, nos 500 anos de história do Brasil, isso não aconteceu. Eu tenho as minhas dúvidas. Eu penso que, no Governo Getúlio Vargas, ao término da 2ª Guerra Mundial, as divisas do País eram maiores do que as suas dívidas. Eu tenho quase absoluta convicção, mas eu não sou um economista, não sou um homem preocupado com isso.

Mas, agora, me preocupa uma coisa, e esta eu acho muito séria. Fazem publicidade de um fato que parece que para os brasileiros é muito bom, mas sobre estas reservas cambiais que o Brasil tem em relação à dívida externa, é bom que se saiba que mais de 60% da dívida externa é dívida privada e não dívida pública, e que o restante, sim, é dívida do Governo. Agora, como que ele tem essas reservas todas? Emitindo Títulos do Tesouro, comprando dólares para o Banco Central. E estes dólares são remunerados no Exterior, é claro, talvez a 3% ou 4% ao ano. E, aqui, no Brasil, a dívida interna é mais de um trilhão de reais: um trilhão e 200 bilhões de reais. E esta paga juros elevados, acima de 12% ao ano. Então, ele fica com o dinheiro que recebe a 4% ao ano e fica devendo muito mais, pois aqui ele paga 12% ou mais. É muito bom para os bancos que compram as Letras do Tesouro. É muito bom para muita gente que se locupleta com isso. E o Brasil devendo um trilhão e 200 bilhões internamente, ele que pague àquelas pessoas que têm a receber créditos, e não emita Letras do Tesouro para remunerá-las, com valores superiores àquilo que ele recebe.

Eu quero dizer que o Presidente Getúlio Vargas, Presidente do Estado do Rio Grande do Sul, quando assumiu o Governo do Rio Grande do Sul, uma das primeiras coisas que ele fez para o Estado - que era endividado, não tinha mais crédito, não tinha solução - foi um empréstimo internacional, e, com esse empréstimo internacional, ele pagou as dívidas do Estado, e pôde, financiado com o empréstimo internacional, colocar o Rio Grande do Sul no bom caminho.

A Governadora Yeda não fez diferente; está aí para ser aprovado um empréstimo de dois bilhões de dólares. E onde é que ela vai usar os dois bilhões de dólares? No pagamento da dívida do Estado do Rio Grande do Sul ao Governo Federal, exatamente porque os juros são elevadíssimos, e ela vai fazer um empréstimo com juros de 4% ao ano; a dívida será alongada, e ela vai poder realizar obras e vai poder colocar em dia os salários dos servidores estaduais.

Não foi, senão, uma economista dando uma aula ao Presidente da República, que quer ter dinheiro no Exterior, pagando altíssimos juros no País, e os juros dos bancos internacionais são muitos baixos. A Prefeitura de Porto Alegre, em 1909, fez um empréstimo internacional com o Banco Barklei, da Inglaterra, e esse empréstimo internacional da Prefeitura terminou de ser pago quando eu era Prefeito, em 1984. A Prefeitura sempre pagou em dia, e eu um dia recebi de um munícipe uma cópia do jornal Financial Times, mostrando que os que deviam receber rendimentos das Letras do empréstimo de Porto Alegre poderiam dirigir-se ao Banco Barklei, que estes estavam à disposição.

Então, eu acho que o Presidente da República não está ajudando o País em nada, ele precisa é pagar a dívida interna, que é de mais de um trilhão e 200 bilhões de reais. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em nome de todos os Vereadores, desejamos um bom retorno ao Ver. Mario Fraga, e o seu pronto restabelecimento. Bem-vindo, Ver. Mario Fraga!

Solicito a abertura do painel eletrônico para verificação de quórum para entrarmos na Ordem do Dia.

 

(Manifestação da Verª Margarete Moraes.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Verª Margarete Moraes, não cabe ao Presidente solicitar inscrição de Liderança. O Presidente vai cumprir o Regimento: não tendo inscrição, passamos à Ordem do Dia.

A Verª Margarete Moraes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Sebastião Melo, é evidente que não cabe ao Presidente. Ocorre que é uma novidade no nosso Regimento, e a gente custa a internalizar isso. Eu estava aguardando a Pauta, por erro meu.

Nós estamos recomeçando as aulas no Governo Estadual com uma péssima notícia: a Governadora Yeda Crusius fecha 150 escolas no Estado, ocasionando problemas para a vida das crianças, de transporte escolar, crianças como as da Escola Argentina, que a gente vê chorando na televisão, sobretudo as das classes iniciais, agarradas às professoras e às mães, porque não querem, não têm segurança de irem para outra escola. A Comissão de Educação da Assembléia Legislativa está fazendo uma Audiência Pública, convocada pelo Deputado Marquinho Lang, do DEM, para ver se resolve esse problema.

Infelizmente, em Porto Alegre, conforme denúncia do Diário Gaúcho, as faixas de segurança nas escolas não estão pintadas, ou estão pintadas pela metade. Na Escola Ferreira de Abreu não tem sequer uma faixa de segurança pintada, Verª Maristela Maffei. Nada. Então, as crianças, que são os seres humanos que mais precisam do nosso cuidado, do nosso carinho, não têm segurança nem na frente da escola, o que é um dever institucional.

Eu considero um verdadeiro crime uma notícia divulgada no jornal Correio do Povo de ontem: um rapaz de 22 anos, Ver. Carlos Todeschini, foi sugado por uma bomba do DMAE no Guaíba, perto do Parque Marinha do Brasil, e que, infelizmente, morreu. Isso é um verdadeiro crime, pois não há nenhuma placa de advertência. Ele perdeu a vida por inoperância, por incompetência do DMAE e da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, do Prefeito Fogaça.

Então, os serviços rotineiros, que são obrigação mínima para com a população, viram notícias. O Secretário Maurício está nas capas dos jornais, porque vai fazer uma nova iluminação pública em Porto Alegre, vai privatizar a iluminação pública em Porto Alegre. Outras notícias: o recapeamento da Rua Ramiro Barcelos; a troca de 80 mil pontos de luz; tem um vídeo de propaganda eleitoral ilícita nos meios eletrônicos da Prefeitura, da SMOV, mostrando o que o Secretário Maurício vai fazer. Isso é propaganda eleitoral antes do tempo, porque ele é candidato a Vereador, nós sabemos disso, e a Bancada do PT vai tomar providências. Parece que a intenção de fazer é uma comemoração, agora.

Eu fico perguntando: cadê a cidadania de Porto Alegre? A Cidadania que sempre é tão exigente, e que comemora a manutenção - e muito malfeita - da Cidade, a simples manutenção da Cidade!? O Prefeito Fogaça comemora superávit, a Governadora também, mas os salários seguem atrasados no Governo do Estado. Então, o superávit é acima dos salários dos funcionários do Estado. E aqui estamos sem varrição, sem nada! Parece que é uma tática: a Cidade é maltratada para quando fizerem alguma coisa, então, há o impacto da melhora.

Por fim, queria me referir a uma notícia que saiu em todos os jornais de hoje em relação ao caso do ProJovem, o caso do Ver. Mauro Zacher. Nós temos posse da sindicância do Ministério da Educação; está à disposição de todos os Vereadores. Embora ele tenha alardeado que não houve nenhum problema, há problemas gravíssimos, e eu quero pegar o espaço de Comunicação de Líder de amanhã, ou passar para o Ver. Adeli Sell ou ao Ver. Carlos Todeschini, para que se possam mostrar todos os itens. Em todos os itens, sem exceção, a Secretaria da Juventude no Programa ProJovem foi reprovada pela sindicância do Ministério da Educação. Inclusive eles colocam da conveniência ou não de manter esse convênio com a Prefeitura de Porto Alegre, porque nenhum dos itens foi respondido. Casos gravíssimos aparecem ali. E nós, com toda a discrição, tínhamos posse dessa sindicância e não fizemos nenhum alarde. Agora, ele tira licença e vai para a imprensa alardear uma coisa que é contra ele absolutamente. Nós temos cópias que estão à disposição de todos os Vereadores e Vereadoras e de toda a Cidade de Porto Alegre, e daqueles que querem conhecer de perto os graves problemas do ProJovem. Muito obrigada, Ver. Sebastião Melo.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Neuza Canabarro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. NEUZA CANABARRO: Exmo Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e público presente; como todos sabem, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente está, neste ano, sob a responsabilidade do Partido Democrático Trabalhista, e esta Vereadora foi indicada, pelos seus Pares, para assumir a sua presidência. Nós queremos dizer que a Comissão, que iniciou suas atividades dia 12 de fevereiro, está trabalhando intensamente, e já estamos vendo, pela imprensa, Vereador Sebastião Melo, o resultado do nosso trabalho. Na sexta-feira, à tarde, recebemos uma denúncia - e, na segunda-feira, aqui, já a colocamos - de casos de Dengue no bairro Floresta. Na segunda-feira, pela manhã, em convocação extraordinária, os Vereadores da Comissão compareceram, estivemos com toda a Comissão na Secretaria Municipal da Saúde, onde fomos recebidos pelo Secretário Adjunto, Dr. Marinon Porto. Imediatamente o Secretário Adjunto ouviu o biólogo Luiz Carlos Daudt, que relatou as dificuldades pelas quais estavam passando. Pegamos o convênio, onde está especificado que, para esse trabalho de combate à Dengue em Porto Alegre, o Governo Federal repassou um milhão e 80 mil reais para que fossem contratados 300 técnicos de nível médio, 30 técnicos de nível superior, e 3 biólogos. No entanto, a Prefeitura, a Secretaria Municipal da Saúde, havia contratado apenas 85. O Secretário se comprometeu de, naquela tarde, chamar as pessoas que já estavam cadastradas, que já haviam trabalhado no Programa e, na quarta-feira, colocaria todos no trabalho de rua. Hoje, nós abrimos os jornais e já vemos também aquela constatação aqui colocada, de que, na segunda-feira, já tínhamos outro caso de Dengue no bairro Floresta. Então, nós pedimos a todos que estão nos assistindo pelo Canal 16, aos Vereadores que aqui estão presentes, aos funcionários, ao público, que se intensifique esse cuidado com a água parada em casa, que todos aqueles alertas da Secretaria da Saúde sejam observados, pois Porto Alegre está acima do patamar de 1% de mosquitos em todas as vilas e bairros, Verª Maristela Maffei, tendo até 6,8% no bairro São José. Com isso, nós estamos na iminência de um surto de Dengue e precisamos avisar a população, divulgar e tentar combater.

A Comissão de Saúde, na tarde de ontem, aqui no Plenário Otávio Rocha, reuniu todas as comunidades que receberam recursos de verbas de Gabinete de Deputados Federais - da Deputada Maria do Rosário, Deputado Paulo Pimenta, Deputado Vieira da Cunha - e contou com a presença dos técnicos da Secretaria da Saúde, que vieram aqui afirmar que, no dia 8 de março, Ver. Sebastião Melo, estarão entregando ao Ministério todos os projetos. Nós sentimos uma profunda frustração, porque esperávamos que as plantas, ou o memorial descritivo, pelo menos, nos fossem apresentados. Nada disso aconteceu; foi só verbal a comunicação, mas receberam um voto de confiança da Comissão, e marcamos para, no dia 6, irmos até a Secretaria, a fim de tomarmos, então, conhecimento de toda essa papelada, de todos esses projetos. Porque, depois de tantos e tantos anos com promessas, as pessoas querem ver materializado aquilo que estão esperando, que são os Postos de Saúde da Família. Nós estamos trabalhando e, no dia 4, estaremos já fazendo, no Posto de Atendimento da Cruzeiro do Sul, uma visita, às 14h30min. Deixamos aqui o convite a todos os Vereadores que quiserem ir junto conosco. Já contamos com o Ver. Elias Vidal, que tem nos acompanhado como voluntário. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, ouvi atentamente a fala da Verª Margarete Moraes em relação à questão do fechamento das escolas estaduais, problema esse que vai incidir no Município. Eu sugiro, então, o encaminhamento à CECE, juntamente com a Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente, para, imediatamente, fazer um levantamento das escolas estaduais dentro do Município e a incidência disso, dentro da Secretaria de Municipal Educação, para marcarmos uma reunião urgente para ver de que forma vamos ajudar a equacionar esse problema tão sério. Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): V. Exª está requerendo que o pronunciamento da Verª Neuza...

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Não. Eu disse que ouvi atentamente a fala da Verª Margarete Moraes, especificamente em relação à questão do fechamento das escolas estaduais e a repercussão disso dentro do Município de Porto Alegre. Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Está bem, obrigado.

O Ver. DJ Cassiá Gomes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DJ CASSIÁ GOMES: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e demais presentes nesta Casa, é lamentável que a gente escute aqui nesta tribuna que, em vez de se aplicar mais na Educação, de se abrirem mais escolas, fecham-se escolas. Olha, o que seria do meu grande e nobre colega, o médico Sebenelo, se não tivesse ido à escola? V. Exª seria médico? V. Exª não seria médico. A nossa grande colega, companheira Verª Neuza Canabarro, que é uma pessoa respeitadíssima na Educação, se não tivesse tido acesso à escola, não seria professora hoje, educadora, e daí por diante; todos nós passamos pela questão da Educação. E o que há com a Educação neste País, que é um campeão de impostos? Já falei e repito: neste País o trabalhador, aquele que trabalha durante doze meses num ano, desses doze meses, cinco meses do seu trabalho ficam para os impostos que deveriam vir para a Saúde, para a Educação, para a Cultura. Opa! Cultura? Eu falei cultura? Cultura! Qual é o investimento que é feito na nossa cultura? Digam, se alguém sabe, algum investimento que é feito para a cultura!

Olha, ninguém melhor para falar da dor do que quem sente a dor! A dor! A dor de uma mãe que tem de amarrar um filho na cama, porque ele está totalmente afundado no crack, afundado nas drogas. Dentro da sua comunidade não há mais o centro comunitário, e essa criança não tem mais a oportunidade de viver dignamente, porque lá a educação de qualidade e a cultura não existem.

Eu digo aos senhores aqui: a pena de morte existe no Brasil, e está em cima do jovem, que a cada dia se afunda mais por falta de oportunidade. Cadê os centros comunitários? Não existem mais! Falavam tanto da ditadura, mas, salvo melhor juízo, os centros comunitários que ainda estão em pé, dentro das comunidades, foram criados na época da ditadura, e foram acabados pelos Partidos dos governos que se dizem democráticos, do povo! Olha, isso é lamentável - repito - num País onde se paga tantos impostos, que é campeão em leis, e também em leis que não são cumpridas!

O cidadão não quer caridade, Ver. Dib; o cidadão quer oportunidade, quer trabalho. Ele quer ter orgulho de mostrar ao seu filho, ao seu neto, a sua carteira de trabalho, e dizer: “Eu me aposentei, eu tive oportunidade”. O cidadão brasileiro não quer caridade.

Eu encerro, dizendo que a pena de morte existe no Brasil e está na falta de Educação, de Cultura, de Saúde Pública e de emprego. Enfim, está em quase todas as áreas.

Eu só quero ser feliz, andar tranqüilamente na favela onde eu nasci! Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero saudar a presença, nas galerias da Casa, do nosso querido, sempre amigo, jornalista Raul Moreau. Bem-vindo à nossa Casa, jornalista!

Apregoamos o Memorando nº 39, que informa que o Ver. Bernardino Vendruscolo estará representando esta Casa na cerimônia fúnebre da Srª Luiza Gonçalves de Souza Pitol, mãe do Assessor Parlamentar da EPTC, Sr. Celso Pitol, na data de hoje, às 15 horas, no Cemitério São Vicente, em Canoas.

Apregoamos o Ofício nº 0158/08-GP, assinado pelo Sr. Prefeito José Fogaça e enviado a esta Presidência, com o seguinte teor: “Sr. Presidente, ao cumprimentá-lo cordialmente, comunico a V. Exª e demais Edis que estarei em gozo de férias de 27 de fevereiro de 2008 até 02 de março de 2008, período em que serei substituído pelo Exmo Sr. Vice-Prefeito, Dr. Eliseu Santos. Atenciosamente. José Fogaça, Prefeito de Porto Alegre”.

 

O SR. ERVINO BESSON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo falecimento da nossa querida amiga, Srª Luiza Gonçalves de Souza Pitol, mãe do nosso extraordinário amigo Pitol, que presta um extraordinário trabalho nesta Casa para todos os Vereadores. Eu acho que nada mais justo que esta Câmara prestar esta homenagem.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Deferimos o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras  Vereadoras, Srs. Vereadores, mais do que nunca, nós vivemos no mundo da informação, e fico surpreso quando vem a informação e alguns entendem essa informação ou divulgação como sendo campanha eleitoral ou propaganda política. Durante muito tempo, inúmeras pessoas verbalizaram que as ações do Prefeito Fogaça não eram divulgadas, que não se sabia aquilo que o Governo Fogaça fazia. Então, quando são noticiadas as ações do Governo Fogaça, elas são encaradas como propaganda. As últimas ações relativas à pavimentação em Porto Alegre tiveram, realmente, uma distinção e um chamamento especial. Por quê? Porque quando o Prefeito Fogaça assumiu, ele assumiu um compromisso de manter aquilo que estava bom e procurar melhorar o que já havia. E é em cima dessa visão que ele começou a tratar um pouco mais de um outro segmento da sociedade, que muitas vezes não participava do Orçamento Participativo, porque não tinha a constituição de necessidades básicas. Sabemos que a história do Orçamento Participativo se deve muito à periferia e às suas necessidades reais, que muitas vezes eram o saneamento básico. Mas inúmeras regiões da Cidade precisavam, mais do que nunca, ver as suas ruas recapeadas com asfalto, pois há muito aquele asfalto tinha sido colocado, e, em alguns lugares, já estava desativado. Agora essas ruas estão sendo pavimentadas, e alguns entendem isso como uma propaganda política - como é engraçado! Agora, tem-se, sim, o dever e a obrigação de comunicar isso. Como a questão da iluminação, pois são mais de 80 mil pontos de luz que serão recuperados, retirando a iluminação tradicional e colocando uma iluminação de sódio, que é mais potente, proporcionando uma redução de 35% do consumo. Aí comentam: “Não, mas estão tentando privatizar”. Privatizar é quando uma empresa toma conta, mas o que está havendo é a terceirização, e este Vereador já disse que essa terceirização existe há muitos e muitos anos. Agora, isso faz parte de quem está na situação e de quem está na oposição. Eu me lembro que alguns Vereadores reclamavam do programa Cidade Viva, que era um belo instrumento e foi muito bem utilizado para mostrar aquilo que estava sendo feito. Este Vereador é um daqueles que defendeu, e defende, a forma como era feito aquele tipo de instrumento. Então, o que nós notamos é que quando começa a aparecer, dizem: “Oh! Estou aqui” - e mostrar o que estão fazendo, isso, muitas vezes, pode incomodar. Mas acho que, mais do que nunca, faz parte dessa interlocução. Porque essas últimas pavimentações estão ocorrendo no Centro da Cidade, nos bairros Bom Fim, Bela Vista e Moinhos de Ventos, que, num primeiro momento, pareciam esquecidos. Não! Este contexto faz parte da Cidade, onde não há a necessidade de saneamento básico, mas, sim, de outras necessidades.

A Segurança Pública é outra discussão, porque ela não tem a exclusividade e a determinação do Poder Executivo Municipal, pois é uma questão que pertence ao Executivo Estadual. Mas essa interface tem que ser feita. Por isso, mais uma vez, eu venho aqui de público, saudar, porque estas ações serão, a todo momento, discutidas, difundidas, mostrando para a população aquilo que de bom está sendo feito no Município de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em Tempo Especial.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras; senhores e senhoras. Venho aqui fazer uma prestação de contas da atividade que desenvolvi em Brasília, representando esta Casa, e, como Conselheiro Nacional das Cidades, representando o segmento dos Legislativos Municipais.

Nós começamos, Sr. Presidente, a elaborar um Plano Nacional de Habitação de Interesse Social, que continua, neste momento, lá no Ministério das Cidades, com uma discussão com o setor empresarial, envolvendo todos os segmentos da sociedade brasileira: as ONGs, as entidades de ensino e pesquisa, o setor público nas esferas Federal, Estadual e Municipal, o setor empresarial com todas as suas representações da cadeia produtiva e da construção civil; o setor dos movimentos sociais, com todas as representações dos Movimentos Sociais.

Tenho em mãos, e, na seqüência, vou entregar à Presidência desta Casa, todos os documentos com que iniciamos esse trabalho. A pretensão é que, até o final de abril, tenhamos concluído esse primeiro Plano Nacional da Habitação de Interesse Social.

Eu trago aqui alguns números que mostram a grandeza do problema nacional que enfrentamos, que é a falta de habitação. E, havendo falta de habitação, as pessoas não podem assumir o seu papel de cidadania que lhes é garantido constitucionalmente. Nós temos um déficit, hoje, no Brasil, de oito milhões de habitações para a população que ganha de zero a três salários mínimos. O Plano, cuja elaboração e discussão iniciamos, que tem que envolver todos os Municípios, tem a proposta para, nos próximos 15 anos, construirmos oito milhões de Habitações de Interesse Social, distribuídas em todo o território brasileiro, prioritariamente nas regiões metropolitanas, onde existe a maior concentração de pessoas com falta de habitação.

Dados de Porto Alegre mostram que temos uma carência de em torno de cem mil Habitações de Interesse Social. E essa não é uma agenda que os Municípios resolvam sozinhos, não é uma agenda que o Estado resolva sozinho, não é uma agenda que a União resolva sozinha; tem que haver a integração dos três Poderes com a sociedade para enfrentar este problema.

O segundo ponto são os recursos necessários para que possamos enfrentar essa problemática nacional. Na segunda-feira à tarde os segmentos públicos, coordenados pelo Fórum de Secretarias de Habitação dos Estados Brasileiros, pela Associação dos Municípios Brasileiros e pela Frente Nacional dos Vereadores pela Reforma Urbana, elaboraram uma proposta e apresentaram que é necessário destinar, no mínimo, 21 bilhões de reais, anualmente, para enfrentarmos o problema de falta de Habitação de Interesse Social. E na proposta que fizemos, prezados colegas, estamos trabalhando a possibilidade de vinculação de 2% da arrecadação nacional, o que representaria em torno de nove bilhões para o investimento no setor habitacional de interesse social. Este é um tema da maior gravidade em nível nacional, é um tema da maior gravidade nos Municípios brasileiros. Já que nós estamos justamente na discussão da revisão do Plano Diretor, Sr. Presidente, não poderíamos e não poderemos deixar de fazer essa discussão com profundidade, até porque o Município precisa apresentar, no próximo período, o Plano Municipal de Habitação de Interesse Social.

Nesse sentido, fizemos o trabalho nesses dois dias, representando os Vereadores do Brasil e, em especial, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, na construção desse Plano Nacional da Habitação de Interesse Social.

O meu agradecimento a esta Casa, Sr. Presidente, pela oportunidade, e, de imediato, passo às mãos de V. Exª toda a documentação com que trabalhamos, bem como um conjunto de documentos, que são os manuais de regularização fundiária, um tema que também esta Cidade ainda deve à sua sociedade. Muito obrigado, senhores e senhoras.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Obrigado, Ver. Comassetto, pelo sucinto, mas conciso relato.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, apesar de o Presidente da República, por meio da imprensa, que é muito bem paga para divulgar as notícias, dizer que estamos vivendo uma época fantástica economicamente no País, vem a ONU e, por meio de um relatório, acaba divulgando que o Brasil é corrupto, é violento e é racista. E hoje ouvi, nas principais emissoras de rádio da Cidade, uma certa revolta contra esses dados divulgados pela ONU, dizendo que não é bem assim! Imaginem, senhores, se nós realmente não merecemos o que a ONU está colocando para o Brasil nesses dados! Eu ouvi, inclusive, dizerem, hoje, por meio de uma emissora de rádio, que esses dados não eram confiáveis! Ora, o Brasil, um País de 180 milhões de habitantes, de acordo com o último Censo, tem 50 milhões de pessoas na linha da miséria absoluta, e nós continuamos dizendo que a economia está uma maravilha, que todos estão indo muito bem.

Abro os jornais e vejo que nós estamos praticando os juros mais elevados em pesquisas feitas nos últimos sete anos. Significa também que um livro de Gustavo Barroso, publicado no século passado, ainda vale para o momento atual: “Brasil - Colônia de Banqueiros”. Nós continuamos sendo exatamente isso: uma colônia de banqueiros. Onde está o Presidente da República, que pregava que tinha que combater essa autonomia, a predominância dessa pequena elite que faz com que a grande população brasileira fique na miséria? O Presidente da República, é claro, com toda a sua equipe, está-se locupletando no momento, ele está enriquecendo, juntamente com o seu grupo, por intermédio dos “mensalões”, de todos os escândalos que foram revelados e que serviram apenas para enriquecer um pequeno grupo que antes se dizia rebelde com a situação anteriormente instalada. Mas agora ficou pior!

E há o problema de drogadição. E vejo aqui mais uma notícia alarmante: nós temos o aumento do uso de cocaína em nosso País. (Lê.): “O uso de cocaína aumenta na Capital”. Ora, meu Deus do céu, onde vamos parar? Onde está esta Nação maravilhosa que ouço através das rádios e das televisões, como matéria paga, com certeza? Porque muito dinheiro é repassado para as emissoras de rádio, de televisão e para os jornais, e eu gostaria de saber, inclusive, quanto é, para que mantenhamos as notícias alvissareiras, mostrando que nós vivemos um momento maravilhoso, e queremos contrariar os dados que são enviados pela ONU, e que, infelizmente, desmentem completamente essa seqüência de notícias que nós temos no Brasil de que a economia está sendo recuperada. Infelizmente não!

Olha só o que está sendo apontado (Lê.): “Impunidade do Sistema Judiciário Brasileiro”. Quando a gente vai verificar o que está acontecendo no Judiciário, infelizmente nós vemos as ações que prejudicam o total dos habitantes do nosso País, em detrimento, também, de uma pequena porção de banqueiros; é só ver o que está acontecendo no STJ.

“Expulsão de indígenas de suas terras”. Onde estão esses que pregavam que era preciso proteger os indígenas? Onde eles estão? Fazendo discursos mentirosos, demagógicos, mais uma vez! Estão infelicitando a Nação, acabando com o País.

Eu imagino o que vai sobrar deste País, quando eles deixarem a Nação. Vai acontecer sabe o que, Ver. Mauro Zacher? O mesmo que aconteceu, aqui, em Porto Alegre, quando eles findaram os 16 anos: sobrou, praticamente, apenas dívida; sobrou apenas descrédito, sobrou apenas corrupção; é o que sobrou dos 16 anos! E quando terminarem, agora, esse período, esses ciclo “lulista”, eu quero ver a soma de todos esses “mensalões”, é o que vai realmente doer em cada brasileiro.

Infelizmente, a nossa realidade foi divulgada pela ONU; a nossa realidade, hoje, foi colocada pela ONU. Vivemos, realmente, em um momento em que o País é considerado corrupto, violento e racista. E, infelizmente, essa é a nossa realidade e temos que ter consciência para superá-la, e temos que saber quem são os nossos algozes, temos que identificar esses algozes?! Temos de identificar esses algozes para poder combatê-los!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. CARLOS COMASSETTO (Requerimento): Sr. Presidente, venho fazer um Requerimento a V. Exª, assim como fiz aos três Presidentes que assumiram esta Casa anteriormente. Nós recebemos, diariamente, o espelho, inclusive com os repasses dos recursos da Saúde, e só o recebemos com os repasses dos recursos da União. Nunca aparecem os recursos do Estado. Gostaria que V. Exª encaminhasse à Srª Governadora para que respondesse a esta Casa e encaminhasse, para que também aparecesse nos espelhos o repasse do Estado à Saúde do Município de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Sr. Vereador, V. Exª tem instrumento próprio para isso, se houvesse repasse de verba, viria no espelho; se V. Exª quer mais informação, faça os procedimentos regimentais, e aí a Presidência, de pronto, vai encaminhar, mas não é pedido em Plenário.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, no entendimento regimental, como é para a Governadora, tem que ser o Presidente desta Casa para encaminhar; então, requeiro a V. Exª que encaminhe.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Presidência foi provocada e imediatamente age mediante provocação.

A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Ver. Sebastião Melo, nosso Presidente; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, nós temos um bom debate hoje nesta Casa. E o importante de um bom debate é o ponto e o contraponto, então nós vamos continuar o debate, Ver. Comassetto.

Eu quero trazer aqui alguns temas que foram discutidos neste Plenário, por exemplo: a questão da drogadição; a questão do recorde em relação às 430 pessoas assassinadas em Porto Alegre - dados da Secretaria da Segurança Pública. Essa questão, em Porto Alegre, em que 30% do consumo nacional de cocaína se dá na nossa Cidade.

Vejam, senhoras e senhores, as coisas não se dão por acaso, Ver. Luiz Braz. Existem três eixos que hoje movimentam o maior setor financeiro internacional.

Falando no setor internacional, o Partido de V. Exª, Vereador, que é neoliberal, sempre defendeu nas relações a política da privatização. Ver. José Valdir, exatamente essas questões das transações, das privatizações, sem se preocupar com a origem, sem se preocupar em combater esse tipo de atitude.

Eu trago três questões, aqui, e essas informações não são minhas, elas vêm da ONU, de vários outros setores de renome internacional que demonstram isso. Por exemplo, a questão do narcotráfico; a questão da indústria bélica; e o terceiro, vejam bem, hoje, no mundo, o comércio de órgãos, Ver. Dr. Raul, gira em torno de 32 milhões de dólares. Sabem onde essas três questões mais pesam no mundo inteiro? Exatamente na faixa etária do adolescente, da criança e do adolescente, dos 12 aos 30 anos de idade.

Então, quando se faz um embate de tamanha pobreza filosófica, dá vontade de sair voando daqui. A gente estuda tanto, busca tantas informações, para ouvir - e me desculpe o pessoal que está nos assistindo de casa, pelo Canal 16 - tanta asneira! Ainda bem que temos ferramentas para continuarmos lutando. Do contrário, Ver. Wilton, iríamos para casa, achando que não há mais solução.

Se é verdade que o maior nível está, justamente, atingindo a juventude, eu pergunto ao Governo Fogaça sobre essa questão dos jovens, em relação às políticas públicas de continuidade. Por que não temos investimentos nessa área? Nós estamos perdendo tempo com disputas internas na Prefeitura, principalmente em relação à juventude.

Cadê o dinheiro que o Governo Federal canaliza para essa Prefeitura para as políticas públicas?

Aí, o Ver. Luiz Braz vem aqui e “inventa a roda”, e joga a responsabilidade para tudo quanto é lado. Porque, na verdade, antes, o Ver. Luiz Braz achava um horror discutir conjuntura nacional; ainda bem, parece-me - cordialmente falando - que o Vereador evoluiu nesse aspecto, mas então vamos trazer a questão para cá. É verdade, não fomos nós da oposição que apontamos o problema de Porto Alegre, sobre o consumo de cocaína.

Ora, se é verdade, segundo a ONU, que um adolescente internado equivale ao gasto de 28 estudantes no Ensino Fundamental, eu chego à conclusão, Ver. DJ Cassiá, que há uma indústria proposital, transnacional, pelo que significa a droga, falando internacionalmente, justamente para cada vez mais o jovem não pensar, não ter qualificação, ser um objeto de uso, e também servir aos interesses de alguns bicos que não deveriam mais abrir, quando vêm aqui para dizer coisas que não são reais.

Eu estou dizendo isso politicamente, não é nada pessoal. Agora, isso, Ver. Sebenelo, são dados. Eu não vou usar esta tribuna simplesmente para falar de uma coisa tão séria como o tráfico de órgãos, que justamente atinge mais o nosso adolescente; da questão da indústria bélica, que sabemos são arranjos internacionais para os países não terem a sua autonomia, não terem políticas. Aí, quando vem um Governo popular que acerta exatamente onde tem que acertar, quando está com quase 70% de aceitação, pelo envolvimento com a sociedade... Nós não estamos vivendo um momento eleitoral, nós estamos no segundo mandato. Onde está a mentira? Com quem está a verdade? É com esses dados? (Mostra documentos.) Ou com os resultados que nós estamos tendo? Apenas os Municípios e os Estados, que é o caso do Estado do Rio Grande do Sul, que é o caso de Porto Alegre, onde é real essa fatalidade. Por quê? Porque há um direcionamento para aqueles que fazem desses três eixos a sua sobrevivência nacional, e aqui e ali não é diferente, eles têm a mesma visão, basta ver o assassinato que a Governadora paulista, de poucos gaúchos, está fazendo com os nossos alunos: acabando com a nossa Educação! Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4448/06 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 193/06, de autoria do Ver. Ervino Besson, que institui, no Município de Porto Alegre, a Feira do Produtor Rural, a ser realizada durante 07 (sete) dias a cada mês, no Largo Jornalista Glênio Peres, e dá outras providências.

 

 

Pareceres:

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela rejeição do Veto Parcial;

- da COSMAM. Relator Ver. Elias Vidal: pela rejeição do Veto Parcial.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 27-02-08.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 01-03-08 (sábado).

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o Projeto de Lei do Legislativo nº 193/06, com Veto Parcial. O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir o PLL nº 193/06.

 

O SR. ERVINO BESSON: Caro Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, queria saudar todos; o Veto Parcial que votamos aqui na Casa, o Projeto que votamos, que foi provado pela maioria dos Srs. Vereadores e Sras Vereadoras e vetado pelo Prefeito Municipal. No seu art. 2º dizia que o Largo Glênio Peres seria o local, durante cinco dias a cada mês, em que os produtores venderiam os seus produtos, desde que fosse reconhecido que estes produtos fossem produzidos em Porto Alegre, com controle da Emater e do Sindicato dos Produtores Rurais. Depois de algumas ponderações do Prefeito, meu caro Presidente, no dia em que a Câmara Municipal fez aquele passeio com diversos Vereadores e alguns Secretários pelos caminhos rurais de Porto Alegre, após aquele encontro, no encerramento, aconteceu um almoço na Cantina Bordignon. O Sr. Clóvis Magalhães foi ao nosso encontro, colocou algumas ponderações a respeito do art. 2º do Projeto que a Câmara tinha aprovado. Estavam presentes nessa reunião: Clóvis Magalhães, Antônio Bertaco, Luciano Bertaco, que é o Vice-Presidente dos produtores; o Secretário Idenir Cecchim e este Vereador, quando o Secretário Clóvis Magalhães colocou algumas ponderações, depois de ouvirmos primeiramente o Sindicato, após o Vice-Presidente do Sindicato, Antônio Bertaco, e o Secretário Idenir Cecchim. Então, aceitamos o Veto Parcial deste Projeto, mas ficou combinado que o Prefeito abriria um espaço maior para que os produtores pudessem vender os seus produtos. Quando eu falo em produtores, refiro-me a produtores legalmente reconhecidos que produzem na área do nosso cinturão verde de Porto Alegre. E o Prefeito se comprometeu com o Sindicato, com este Vereador, juntamente com a SMIC, com o Secretário Clóvis Magalhães, que, por Decreto, abriria esse espaço maior dentro do quadrilátero do Glênio Peres. Se o Projeto ficar como está, ficará restrito somente ao Largo Glênio Peres. Nessa negociação o Largo Glênio Peres não vai sair fora do processo, local onde os produtores também têm condições de vender os seus produtos, porque, talvez, o espaço que é muito ocupado... então, abriu o leque, dentro do quadrilátero, dentro do perímetro lá, na área central do Largo Glênio Peres.

Tivemos uma reunião hoje, pela manhã, com alguns colegas Vereadores, juntamente com o Ver. Garcia, que é o representante do Prefeito, e eu levantei este assunto, meus colegas Vereadores; eu queria a confirmação, porque eu ainda acredito nas pessoas, nas palavras das pessoas, e vou continuar acreditando. E agora, há pouco, a Rejane me deu a informação de que fez um contato com a Prefeitura, com as pessoas que têm responsabilidade e confirmou: vamos manter o Veto do Prefeito e o Prefeito, na regulamentação do Projeto, vai, por Decreto, abrir o leque para que os produtores tenham maior abrangência para vender os seus produtos na Zona Central de Porto Alegre.

Portanto, eu quero, aqui, agradecer aos meus queridos colegas Vereadores, pelo Parecer. O Ver. Elias Vidal e outro Vereador, que não me recordo, fizeram um Parecer excelente - o Ver. Elias Vidal e o Ver. José Ismael Heinen. Obrigado, pelo excelente Parecer de vocês. Então, eu peço isso, porque foi feita toda uma negociação com a concordância do Sindicato, com a concordância do Antônio Bertaco, com a concordância do Secretário, e este Vereador estava presente.

Então, vamos manter o Veto para que nós possamos abrir o leque para que os produtores tenham maior possibilidade de vender os seus produtos, porque hoje é o que está acontecendo na Praça Glênio Peres e em outro local também no Centro de Porto Alegre... Eu, sempre que tenho possibilidade, digo que qualquer governo, Federal, Estadual ou Municipal, que não apoiar seus produtores, será um governo falido. Graças a Deus, isso não acontece aqui em Porto Alegre; graças a Deus, porque o Prefeito está dando um grande apoio aos produtores, juntamente com as Secretarias, juntamente com a Emater, juntamente com a Câmara Municipal, que também tem dado uma grande colaboração, e com isso nós recuperamos a área produtiva da nossa Capital, da nossa Porto Alegre. Portanto, agradeço, mais uma vez, aos queridos colegas Vereadores, agradeço ao Ver. Elias, agradeço ao Ver. José Ismael, e peço que nós mantenhamos o Veto do Prefeito, porque isso foi fruto de uma negociação. Muito obrigado, caro Presidente dos trabalhos, Ver. Claudio Sebenelo.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas das 2ª, 3ª e 4ª Sessões Ordinárias e com proposições apresentadas à Mesa. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir o PLL nº 193/06, com Veto Parcial.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Ver. Claudio Sebenelo, presidindo a nossa Sessão de hoje, caros Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste, sobre este Processo do Veto Parcial do Prefeito ao Projeto do nosso colega Ervino Besson, eu não poderia deixar de vir aqui, porque eu me manifestei, na Relatoria, pela rejeição do Veto Parcial. Lembro muito bem deste Plenário, quando nós lutamos para que esta proposta fosse aceita, nobre Ver. Ervino Besson, não esqueço das minhas palavras de que o produtor rural, pela sua luta, pela nossa própria origem, precisava ter, se preciso fosse, o melhor local de Porto Alegre, para poder agregar valores à sua produção. Recebo a notícia de um acerto da Governança do Poder Público Municipal com V. Exª, sem que nós, Relatores, tivéssemos tomado conhecimento. Acredito que os produtores de Porto Alegre, que tanto nós defendemos aqui, como V. Exª falou, aceitando esse acordo com a Prefeitura, sejam bem-sucedidos. Eu me reservo o direito, por ter analisado tanto a aprovação do Projeto quanto a relatoria do Veto - talvez o meu voto seja o único, mas eu vou manter o meu voto pela rejeição parcial do Veto. Isso é um pensamento meu, uma convicção minha, de que o produtor de Porto Alegre precisa ter um espaço nobre, preservado em lei - preservado em lei, nobre Colega. Leis se fazem e não são cumpridas, que diremos acordo! Eu vou manter solitariamente, acredito, a rejeição do Veto, pois isso foi aprovado por unanimidade nesta Casa, um trabalho intenso que nós fizemos por convicção própria. E eu torço para que V. Exª possa transformar aquele acordo em uma lei municipal, para que o nosso produtor possa ter os seus direitos assegurados conforme Lei Municipal.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. José Ismael Heinen, eu quero, de uma forma muito respeitosa e muito carinhosa, saudar o seu pronunciamento. Sei da preocupação de V. Exª, que se juntou a nós, com belíssima idéia, defendendo a maior riqueza que temos hoje em Porto Alegre, graças a Deus, que são os nossos produtores.

Eu até lhe peço desculpas, pois houve uma falha minha. Conversei com o Ver. Elias Vidal e não conversei com Vossa Excelência. Mas tudo bem, sei da sua posição, mas eu ainda acredito nas pessoas, nas pessoas dignas, pessoas que, de uma forma muito tranqüila, muito respeitosa, discutirão uma saída para esse Projeto. Mas, Vereador, se algo diferente acontecer, nós temos outras armas que podemos, sim, trazer de volta à Câmara Municipal. Sou grato a V. Exª, Vereador.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Ver. Ervino Besson, eu entendo e o parabenizo pela luta incessante que V. Exª tem a favor dos produtores rurais de Porto Alegre. Nós temos uma parcela de Vereadores da Zona Sul, como o Ver. Mario Fraga, alguns do Partido dos Trabalhadores, só que eu me reservo o direito de permanecer com minha convicção, sem querer interferir em nada, apenas justificar o meu voto. Penso que temos outras batalhas pela frente, no momento em que aceitarmos a rejeição deste Veto Parcial. Muito obrigado, Sr. Presidente e nobres colegas.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Encerrada a discussão do PLL nº 193/06, com Veto Parcial.

Em votação nominal o PLL nº 193/06. (Após a apuração nominal.) Um voto SIM e 21 votos NÃO. REJEITADO o Projeto, mantido o Veto Parcial do Sr. Prefeito.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 6322/07 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 186/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Argemiro Ogando Corrêa o logradouro formado pelos logradouros não-cadastrados, conhecidos como Rua B – Vila do Sargento – e Rua D – Vila do Sargento –, localizados no bairro Serraria.

 

Pareceres:

- da CUTHAB. Relator Ver. Ervino Besson: pela manutenção do Veto Total;

- da CECE. Relator Ver. João Antonio Dib: pela manutenção do Veto Total.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 27-02-08.

 

Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:

SIM – aprova o Projeto, rejeita o Veto;

NÃO – rejeita o Projeto, aceita o Veto.

- Trigésimo dia: 04-03-08 (terça-feira).

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em discussão o PLL nº 186/07, com Veto Total. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 186/07.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, apenas para informar que o Ver. João Carlos Nedel, que no momento não se encontra, deixou dito que deve ser aceito o Veto, porque realmente há problemas na denominação do logradouro.

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado.

Em votação nominal o PLL nº 186/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO, por unanimidade, o Projeto por 21 votos NÃO, mantido o Veto Total do Sr. Prefeito.

VOTAÇÃO

 

PROC. Nº 2373/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 072/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que proíbe, no Município de Porto Alegre, a utilização de capacete pelo condutor e pelo passageiro de motocicletas, quando do ingresso e permanência nos estabelecimentos públicos e privados e quando a motocicleta se encontrar estacionada, e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Guilherme Barbosa: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEDECONDH. Relatora Verª Maria Luiza: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 18-02-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Em votação o PLL nº 072/07. (Pausa.) O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 072/07.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente, nobres Vereadoras e Vereadores, estamos voltando novamente a este Projeto que não visa a mais nada do que minorar o que está acontecendo em nossa Capital. Quem acompanhou o noticiário, está sabendo que a capital do Brasil com maior índice de criminalidade dos últimos tempos chama-se Porto Alegre. Encaminhamos um projeto que visa a ajudar a Segurança Pública da Cidade. Se nós olharmos o jornal Zero Hora de hoje, e acompanharmos todos os jornais, todos os dias, nós assistiremos a uma verdadeira avalanche de assaltos e assassinatos cometidos por maus motociclistas que usam os capacetes para se esconderem da criminalidade.

Porto Alegre pontua, ultimamente, como uma das capitais deste País com maior índice de criminalidade. Eu, sinceramente, não acredito que a nossa Câmara de Vereadores, nesse Projeto limpo... Esse Projeto de cara limpa vai trazer, ao combate do crime, toda a população de Porto Alegre: o proprietário do supermercado, do açougue, da farmácia. Hoje, se o motoqueiro quiser, ou se qualquer outra pessoa quiser colocar um capacete de motoqueiro e entrar no ônibus, ninguém pode proibir, pois é um direito do cidadão. E a ATP proíbe irregularmente; irregularmente! Agora, se nós aprovarmos este Projeto, ela tem como dizer que, de capacete, não é permitido entrar no ônibus. Será possível dizer, também, que, de capacete, não se pode ficar dentro do supermercado; de capacete, não se pode abastecer a moto! Então, quero dizer que isso é uma ajuda da Câmara Municipal de Porto Alegre, isso já está em vigor em outras Capitais.

Este Projeto tem uma Emenda, apenas para que este Projeto passasse na avaliação jurídica da Câmara, ajustando-o às leis vigentes.

Falam em fiscalização. Quem vai fiscalizar? Aqui está dito: qualquer fiscal da Prefeitura pode fiscalizar. E os outros Projetos de Porto Alegre quem vai fiscalizar? Este é apenas mais um Projeto, que todos nós temos o direito de fiscalizar; nós, Vereadores, e, principalmente, a população. Isso não é apenas para prejudicar quem anda de moto, é para proteger aquele empregado que trabalha no caixa do supermercado, aquele empregado que é frentista no posto de gasolina. Agora, há poucos dias, jogaram um carro sobre um frentista! A bandidagem está usando capacete para assaltar, para matar! E nós queremos compactuar com isso? Eu não acredito! Eu deixo na mão desta Câmara de Vereadores, uma das de maior fidelidade deste País, sempre na ponta das modificações necessárias; eu deixo na mão dos senhores. Eu poderia pedir o adiamento por uma ou duas Sessões, deixar o Projeto em Pauta, para que fosse votado futuramente. Mas eu deixo na consciência de cada um dos Vereadores se vamos ajudar a Segurança Pública a diminuir a criminalidade em Porto Alegre ou não. Eu deixo na consciência de cada um de nós a decisão de aprovarmos este Projeto ou não. Muito obrigado, Sr. Presidente e nobres Vereadores.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 072/07.

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, quero saudar todos. Ver. José Ismael, quero dizer a V. Exª que votarei favoravelmente ao seu Projeto! Eu vejo que seu Projeto dá garantia aos nossos queridos motoqueiros que são grande quantidade aqui em Porto Alegre; mas há os maus motoqueiros, esses que usam as motos para assaltar.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. ERVINO BESSON: Estou encaminhando a votação, Ver. João Antonio Dib, senão lhe dava, com muito prazer, um aparte.

Acho que os bons motoqueiros chegam ao local, tiram o capacete e entram no estabelecimento comercial, mostrando que são gente de bem, que não estão ali para assaltar. E mais, quem leu os jornais e escutou os noticiários hoje, Ver. Ismael, viu que a polícia se deu conta da grande quantidade de assaltos, de crimes que estão acontecendo com os maus motoqueiros, e que a Brigada vai adquirir - para Porto Alegre, Grande Porto Alegre, São Leopoldo, Caxias, Novo Hamburgo e outros Municípios - 200 motos. Porque a facilidade para se transitar no meio desse trânsito congestionado que temos em Porto Alegre, em algumas ruas, durante todo o dia, é muito maior. E a Brigada, a nossa polícia, tem dificuldade de seguir os assaltantes, principalmente esses que usam motos, pois o trânsito não permite; então, a nossa polícia, a nossa querida Brigada Militar, a nossa Polícia Civil se deu conta disso e está adquirindo 200 motocicletas para ter maior facilidade para perseguir e prender os assaltantes.

Portanto, acho que o Projeto do Ver. José Ismael é bom, vem em muito boa hora, e no que for bom para nossa segurança, no que for bom para a Cidade, meus caros colegas Vereadores, temos que estar junto com a população. E o Projeto do Ver. Ismael traz, sim, uma maior segurança, uma idéia excelente para dar até uma forma de os nossos motoqueiros, excelentes trabalhadores, que trabalham dia a dia para sustentar a sua família, trabalharem com maior tranqüilidade. Eu tenho absoluta certeza de que os bons motoqueiros, trabalhadores e honestos, nenhum deles vai ser contra esse Projeto - nenhum deles! Chegam ao local, tiram o capacete; entram no mercado, entram numa farmácia, no estabelecimento comercial, abastecem o seu veículo, retiram o capacete. Isso faz o trabalhador, uma pessoa honesta. Agora, aqueles que se escondem embaixo do capacete, esses sim, não vão gostar!

Portanto, Ver. José Ismael Heinen, votarei favoravelmente ao seu Projeto, que terá a unanimidade dos Vereadores e Vereadoras desta Casa. No que for bom para a segurança da população, teremos que estar junto com ela, votando esses dois Projetos, como esse que votaremos daqui a pouco, que, sem dúvida nenhuma, trará segurança em benefício da nossa população de Porto Alegre. Muito obrigado, Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 072/07.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quando eu saía da minha tribuna, o Ver. Almerindo Filho me indagava no que respeita a uma disposição do Projeto, que menciona a proibição do uso de capacete, quando se tratar de estabelecimentos particulares.

Nós estamos, evidentemente, vivendo os sobressaltos e toda uma verdadeira psicose coletiva no que respeita a violência. Isso joga para os administradores, os responsáveis, e para o legislador certas angústias que fazem com que se concebam um conjunto de normas que, em situações diferentes, seriam desnecessárias. A questão de retirar o capacete, Ver. Ismael Heinen - e eu vou acompanhar o Projeto de V. Exª -, ingressa no campo até da urbanidade, da educação, da ética, da moralidade; e, não faz muito, nos hábitos que se tinha, até de se tirar o chapéu, Ver. Adeli Sell, quando se entra num estabelecimento. É uma norma de educação: ao ingressar num estabelecimento, se tira o chapéu ou o boné. Na espécie, o capacete, em face, também, de toda essa problemática que envolve a utilização do equipamento de segurança ao motociclista. Evidentemente, eu não diria que ele malfere preceitos constitucionais; não diria, embora possa aí ingressar uma competência concorrente das normas que regulam os equipamentos envolvendo trânsito e legislação federal.

Então, é uma iniciativa que mostra o esforço da Câmara Municipal, através do Projeto do Ver. Ismael Heinen, no sentido de se ter um mínimo de colaboração nessa verdadeira cruzada em defesa da vida, prevenindo situações que, uma vez amplamente divulgada a lei, poderia, sim, criar um ambiente de advertência, de prevenção, no sentido de se evitar, possivelmente, pela utilização do capacete, o ato infracional, o ato que depõe contra a vida.

De qualquer forma, se trata de um esforço em nome da segurança, e não vemos razão, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, para não aprovar o presente Projeto. O questionamento feito pelo Ver. Almerindo Filho é com relação ao ingresso em estabelecimentos particulares, mas a incidência da norma é sobre a pessoa, aquele que utiliza o equipamento, e não sobre o estabelecimento em si. Não é uma exigência ao estabelecimento, de que ele deva estar sem o capacete; mas para ele ingressar no ambiente privado ou público, deve, sim, retirar o capacete. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 072/07.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu tinha 18 anos quando fui passageiro de uma moto do Instituto de Química, onde eu estudava, até a antiga fábrica Neugebauer. Como a moto não parou eu não podia descer, mas eu jurei, depois de chegar à Neugebauer, que eu nunca mais seria passageiro de moto. Eu não sou condutor de moto, não tenho moto, e sempre disse que lei deve ser clara, precisa, concisa, para que seja respeitada; se eu não sou condutor de moto, e se eu não sou passageiro de moto, eu posso usar o capacete? De acordo com a Lei, eu posso, porque nada me proíbe de andar com capacete. Eu gosto de andar de capacete! Eu acho que o nosso problema não é falta de leis no nosso País, é uma falta de bom senso, às vezes. As leis têm de ser claras, precisas e concisas; se não são claras, precisas e concisas, não são leis que vão resolver o problema da coletividade. Então, eu, que não tenho moto, que não serei nunca passageiro de moto, posso ter o meu capacete e entrar no banco, entrar na Prefeitura e entrar aqui na Câmara Municipal - não no plenário, porque no plenário tem que entrar sem chapéu. Então, eu acho que a Lei não está bem escrita. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Dr. Raul está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 072/07.

 

O SR. DR. RAUL: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Vereadores e Vereadoras, e aqueles que nos assistem pela TVCâmara, acho muito interessante que se avalie bem este Projeto. Certamente estaremos favoráveis, porque é um Projeto que visa à segurança. De qualquer modo, falo enquanto alguém que já foi motociclista, há muitos anos, que usou capacete por muitos anos, inclusive naquela época em que não era cobrado eficientemente o uso do capacete. Então, muitas e muitas vezes, há 20, 25 anos, não se usava capacete; o capacete muitas vezes ficava na mão do motociclista, para dizer que tinha um capacete. Em que evoluímos? Evoluímos muito na segurança, porque realmente sabemos que, nos nossos hospitais, nas nossas emergências, os motociclistas são os que mais morrem - e se morrem menos, é graças ao capacete.

Agora, na questão da segurança, eu me lembro, como alguém que teve moto, que jamais precisei andar de capacete fora da moto. O objetivo do capacete é ser usado em cima da moto, tanto para o condutor como para o carona. Não vejo porque não haver uma proibição explícita, por exemplo, de usar-se capacete por aí. Ninguém tem que andar de capacete na cabeça por aí.

Vejo que na realidade a sociedade tem que ter o quê? As pessoas que andam de moto tem que estar devidamente aparamentadas. Como Médico do trabalho, acho que deveriam usar muito mais equipamentos de segurança do que um simples capacete, a fim de que sejam evitadas as lesões decorrentes dos tombos, das quedas, enfim. Desceu da moto, não tem por que estar com o capacete na cabeça, seja em que situação for. Acho que o que devia haver, realmente, é uma proibição explícita do uso do capacete fora daquilo a que se destina: no caso, proteger o condutor e o carona da motocicleta.

Então, ele não pode entrar nem na farmácia, nem no supermercado, nem em lugar algum com capacete. Não tem por que ele estar de capacete se não estiver em cima da sua moto, fazendo o seu trabalho ou o seu lazer. Acredito que isso deve ser bem considerado e que a nossa sociedade deve prestar muita atenção nisso - nossos órgãos de trânsito -, porque em função das questões de segurança que se avolumaram nos últimos anos, não tem o mínimo sentido que alguém saia de cima da moto, seja por que motivo for, e não retire o capacete da cabeça. É isso.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Quero saudar a presença, nas galerias da Câmara, da Sra. Horácia, Presidenta da UAMPA, sempre nossa parceira. É bem-vinda em nossa Casa!

O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 072/07.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Deixo um abraço à Presidenta da UAMPA e o nosso carinho.

Quero dizer que, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a lei está bem caracterizada e, como diz o Ver. Dib, está concisa e precisa, porque 20% dos homicídios em Porto Alegre são praticados em motocicletas. O número crescente de assaltos no comércio, e inclusive em residências, são praticados por motociclistas com capacete. A manchete do jornal Zero Hora é exatamente sobre isso. Protegidos pelo capacete, ficam anônimos; é impossível identificá-los. Se tiverem a obrigação de entrar sem o capacete, eles poderão ser identificados na eventualidade de assaltos, mas, além disso, previne-se esse anonimato e essa impunidade, em que 20% dos autores dos homicídios na cidade de Porto Alegre são escondidos pelo capacete, o capacete do motociclista. Então, acho que a lei vem num bom momento. Talvez na legislação de Porto Alegre... Na “Lei dos motobóis” inclusive, de autoria deste Vereador, não há este item: que, ao entrar numa repartição pública, ao entrar numa casa de família, o motobói deve tirar o capacete. Não só para ser identificado, mas para que, na eventualidade de cometer um crime, não fique na impunidade, escondido pelo capacete, quando a estatística de crimes cometidos por pessoas com capacete está aumentando assustadoramente na Cidade. Essa estatística é dada pela Secretaria de Segurança Pública, pela Brigada Militar, em Porto Alegre, e acho que é muito válida a idéia de retirar o capacete e fazer como se fez depois do assalto aqui da Câmara Municipal; agora todas as pessoas são obrigadas a se identificar. E, na maioria das repartições públicas, todas as pessoas são obrigadas a ter Carteira de Identidade e deixar o documento na portaria, recebendo uma tarjeta de visitante. Se não houver esse tipo de segurança, se não houver esse tipo de prevenção, Vereadores, acho que vamos continuar contribuindo para uma estatística que, para nós, já é funesta. Um motobói morre a todo instante na cidade de Porto Alegre, e não é ele o criminoso, mas muitas vezes, as pessoas se utilizam de uma motocicleta profissional e de um capacete para a impunidade, para o anonimato. Não podemos deixar uma cidade à mercê de pessoas que agora usam a motocicleta - e 20% dos homicídios em Porto Alegre são praticados com motocicletas -, e nós vemos, todos dias, e os jornais noticiam com extrema freqüência, à luz do dia, às 4 horas da tarde, uma motocicleta pára e o motociclista, usando capacete, mata um rapaz de 36 anos, como ocorreu na Av. Nilo Peçanha.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 072/07.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Srs. telespectadores do Canal 16, TVCâmara, acompanhando os trabalhos desta Casa Legislativa; também registro que é um prazer receber nesta Casa o Nenê - uma grande liderança política desta Cidade -, como também a nossa amiga da UAMPA. Saúde e paz, como diz o nosso querido amado Ver. João Dib. Espero que a UAMPA realmente continue com os seus propósitos, Horácio, e o que for de contribuição da parte deste Vereador para a UAMPA, que se some para a qualidade de vida, na inteligência e na sabedoria do grupo de trabalho de vocês da UAMPA. Acredito que o PPS e este Vereador contribuíram neste ano, quando, por uma Emenda, foi verba de Orçamento para a UAMPA. Fico feliz por isso.

Em nome do PPS, não poderia deixar passar, vendo outras Lideranças político-partidárias fazendo aqui as suas manifestações, e parabenizar o Ver. Ismael Heinen. V. Exª, com muita sabedoria, com muita sensibilidade, traz a esta Casa, não digo a solução completa do problema da violência, mas tenho certeza de que vidas serão salvas, pessoas vão continuar vivas fruto deste Projeto que considero excelente, porque tudo aquilo que esta Casa, que nós, Parlamentares, pudermos fazer para ajudar na Segurança, nós faremos. Quem está falando aqui foi alguém que já levou um tiro, e, normalmente, quem está de moto, com capacete, num assalto, dá é tiro. Então, senhores, capacete é muito importante, eu já fui salvo por estar de capacete, quando passei por baixo de um cavalo, em Bagé, eu estava numa estrada de chão, à noite, com a minha moto, e, de repente, um cavalo saiu do campo e passou no final de um pontilhão. Eu estava de capacete, e foi tão forte a pancada, que eu voei longe, mas, porque estava de capacete, graças a Deus, não morri. O capacete é realmente muito importante.

Então, Ver. Ismael Heinen, mais uma vez, meus parabéns à Bancada do PPS, na pessoa deste Vereador, que dará todo o apoio, para que, de fato, possamos, aqui, subir mais um degrau, no sentido de dar mais Segurança para esta Cidade. E, quem sabe, quem será salvo, ou quem deixará de ser assaltado e morto? Pode ser um de nós, pode ser um de nossa família, um amigo, um parente. Não importa quem.

Então, estamos aqui para zelar, somos os zeladores da Cidade, somos aqui pagos pela Cidade para cuidar, com dedicação, com carinho, com amor desta Cidade, que é a nossa paixão. Agora, precisamos de bons projetos e este é um excelente Projeto, porque tem a ver com a vida. Eu não tenho dúvidas de que nós vamos dificultar a vida dos marginais, dos bandidos; vamos dificultar a vida de pessoas que querem fumar um crack, usar cocaína e que, fissurados, chegam a um estabelecimento, a um posto de gasolina, e, de repente, matam um frentista. Nós estaremos salvando a vida de pessoas com um excelente Projeto.

Então, meus parabéns, acredito que este Projeto deva contar com o apoio de todos os Vereadores, e espero que o cidadão de Porto Alegre saia mais fortalecido, no sentido de ter mais segurança e mais confiança, até mesmo nas atitudes, nos trabalhos, nos projetos dos Parlamentares desta Casa. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Marcelo Danéris, o PLL n° 072/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM, 01 voto NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 072/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2760/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/07, de autoria dos Vereadores Adeli Sell e Margarete Moraes, que inclui no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, o Desfile-Show da Estilista Milka Wolff, a ser realizado anualmente, em data compreendida entre os meses de abril e maio.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 10-12-07.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 087/07. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 087/07.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, Sebastião Melo, colegas Vereadores, Vereadoras, cidadãos, cidadãs, a Verª Margarete Moraes e eu apresentamos este Projeto, porque o desfile que a Milka Wolff, nossa estilista, faz, anualmente, não é uma atividade pessoal, particular; ela faz um evento para a Cidade, apresentando, evidentemente, a sua capacidade de estilista, mas faz um evento benemérito para a arrecadação de fundos, sempre, para uma determinada instituição.

E, ao longo dos anos, a própria Prefeitura Municipal - e foi assim na época em que a Margarete foi Secretária da Cultura, e eu Secretário da SMIC - sempre teve um papel importante de colaborar, muitas vezes, cedendo espaços, enfim, colaborando para que o evento aconteça.

E isso continua na atualidade. É um evento que continua, e a Prefeitura tem parceria com esse evento.

Portanto, estamos colocando isso como um evento oficial da Cidade, porque já é um evento que se tornou um símbolo, é esperado pelas pessoas a cada ano, e nós achamos que isso é importante. Então, que esteja no calendário oficial.

Muitas vezes, já discutimos aqui que há muita coisa no calendário oficial, mas é o tipo de evento para o qual é necessária uma maior divulgação, além de estar no calendário, porque a sua arrecadação volta sempre para uma instituição; faz um trabalho filantrópico na cidade de Porto Alegre. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 087/07.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero cumprimentar os Vereadores Adeli Sell e Margarete Moraes, porque acompanho, há bastante tempo, o trabalho da estilista Milka.

Eu acredito que eventos como o da Milka merecem figurar no calendário de eventos da Cidade.

Lembro uma vez, Verª Margarete, que num dos desfiles da Milka, realizado no Auditório Araújo Vianna - e o Auditório já estava condenado, através daquele laudo da SMOV, pois corria o risco, Dr. Raul, de, em dias de chuva, com a água empossada, naquela lona do Araújo Vianna, que poderia arrebentar os cabos de aço e, inclusive, causar ali uma grande tragédia -, mas é claro que quando se reserva um auditório não se consegue, de forma nenhuma, prever se vai chover ou se não vai chover; e eu me lembro que naquele dia em que a Milka apresentou o seu desfile caiu um verdadeiro temporal aqui em Porto Alegre.

Eu, conhecendo o laudo da SMOV, temi muito que aquele desfile pudesse se transformar realmente numa grande tragédia. Felizmente nada aconteceu. Eu não me lembro, Verª Margarete, se V. Exª era a Secretária de Cultura, mas, realmente, foi uma das coisas e um dos eventos - e muitos eventos se realizaram assim -, que fez com que eu realmente temesse muito pela vida das pessoas que estavam ali presentes.

É claro que agora, nesta nova Administração, o Auditório Araújo Vianna vai ser reformulado, vai ganhar vida nova, vai ser realmente um espaço capaz de oferecer espetáculos com toda a segurança para as pessoas que lá estiverem. E eu tenho certeza absoluta que assim como o Município nunca negou o espaço - assim como falou o Ver. Adeli Sell -, para os desfiles da Milka, agora a Milka vai poder, futuramente, utilizar os espaços do Araújo Vianna, só que com mais segurança, com toda a certeza. Ainda mais quando nós aqui estamos aprovando esse Projeto dos Vereadores Adeli Sell e Margarete Moraes, que trata da inclusão do desfile da Milka no Calendário de Eventos aqui de Porto Alegre.

Acho que por tudo aquilo que a Milka representa, inclusive na moda, aqui em nossa Cidade, em nossa Região, pela preocupação que ela tem também com as obras de assistência social, nós realmente não podemos negar a aprovação de um Projeto que se reveste de importância, por todas essas razões que nós discorremos aqui desta tribuna.

Parabéns, mais uma vez, aos dois Vereadores, porque acredito que um evento como este, realmente, merece estar no Calendário da Cidade.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Dr. Raul está com a palavra para discutir o PLL nº 087/07.

 

O SR. DR. RAUL: Sr. Presidente, Sebastião Melo, Vereadores, Vereadoras, aqueles que nos assistem, não poderia deixar de vir a esta tribuna saudar a iniciativa dos Vereadores Adeli Sell e Margarete Moraes, para me solidarizar com esse desfile, que já é um desfile tradicional da nossa Cidade, e que traz a beleza, a cultura, a qualidade de vida. Acredito que vamos, certamente, aprovar por unanimidade este Projeto, que é um reconhecimento da Cidade ao trabalho que a estilista Milka Wolff desenvolve já há tantos anos nesta parte cultural, na parte da moda, enfim. Estamos certos que isso só vai trazer um engrandecimento a esse Evento e que seja cada vez maior, mais forte e com certeza estaremos todos juntos unidos nesta matéria.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLL nº 087/07.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, primeiro eu quero parabenizar a iniciativa da Vereadora, querida amiga, Margarete Moraes e do Ver. Adeli Sell, quero dizer que nós não convivemos pessoalmente com a Milka, mas quero elogiar a fala do Ver. Luiz Braz, no sentido como ele falou da Milka, fora a questão do Araújo Viana. Quero dizer que eu não convivo com a Milka; eu a conheci um dia no Programa do Bibo Nunes, e quando soube que era ela, fiquei profundamente encantada pela sua simplicidade, enfim, acho que ela é uma pessoa muito séria, muito leal com os seus princípios.

Mas eu quero dizer, Verª Margarete Moraes, que a Milka é uma marca, é muito mais do que a questão de ser uma estilista, de ter uma empresa, enfim, ela é uma pessoa que é uma marca na nossa Cidade. Então, falo como uma pessoa que não tem uma relação direta com ela, mas pelo que ela significa, da sua postura, do seu jeito simples, que ela é muito parecida com a cidade de Porto Alegre. Portanto, também me sinto homenageada, e com certeza, também Porto Alegre, por meio deste Projeto. Parabéns, muito obrigada, Sr. Presidente.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir o PLL nº 087/07.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Vereadoras e Vereadores, queria agradecer as palavras de apoio dos demais Vereadores, e apenas esclarecer à população de Porto Alegre e a esta Casa que todos os problemas que ocorreram dentro do Auditório Araújo Vianna foram resolvidos com muita responsabilidade pela Secretaria Municipal da Cultura e pela Secretaria Municipal de Obras e Viação - SMOV. Nunca, ninguém, Ver. Luiz Braz, correu algum risco lá dentro.

Lembro do desfile da Milka, quando houve a maior chuva; ela homenageou a Terra Santa, fez um espelho d’água na redenção, fez esse desfile lá fora e até, por isso mesmo, foi muito emocionante, porque em plena chuva, as pessoas com guarda-chuva e sombrinha, as modelos desfilando, a maquiagem era tão perfeita que não houve problema, os melhores trajes em plena chuva! Por conta disso, ela resolveu fazer o próximo desfile dentro do Araújo Vianna, quando choveu também. Sobre esse laudo, quem disse que ele existia, não falou a verdade; este laudo de que o senhor fala nunca existiu. Quando o Secretário Sérgius Gonzaga assumiu, o Araújo Vianna estava em plenas condições. Existia um laudo anterior, que eu, na condição de Secretária, no ano de 2000, pedi para a SMOV, que chamou os arquitetos Fayet e Moojen, que eram os dois responsáveis pela obra, e eles fizeram uma obra de reforço da lona, das vigas; portanto, por dez anos - isso foi em 2002, mais ou menos -, quando assumiu, em 2005, o Auditório Araújo Vianna tinha uns oito anos de garantia; ele estava em plenas condições; agora, hoje, é um perigo.

Queria até solicitar que a COSMAM, Verª Neuza Canabarro, fizesse uma visita ao interior do Araújo Vianna, porque há excrementos de pomba, de cães, de gatos, causando um grande problema à saúde pública; hoje é um perigo; hoje é um risco o Auditório Araújo Vianna!

Mas quero agradecer, o Ver. Adeli e eu tivemos esta idéia, porque é a oficialização de um evento na cidade de Porto Alegre; a oficialização de um evento que já existia e que, além da moda, que pode parecer superficialidade, é muito mais do que isso. É um desfile extremamente cultural, porque tem uma inspiração étnica. Então, é um espetáculo de teatro, de música, de dança, que já homenageou a Itália, a Alemanha, a Grécia, a Holanda, a Espanha, a Inglaterra, a Rússia, a Argentina, a Austrália. Eu vi quase todos, a África, a América e a Terra Santa, que é esse de que eu falei. A África foi o único espetáculo dedicado ao povo negro, e eu achei da maior dignidade possível. Ela colocou o Giba Giba como um Deus negro antigo, como aqueles sábios da tribo e a Deise Nunes foi uma beleza.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Margarete Moraes, quero cumprimentar mais uma vez V. Exª e o Ver. Adeli e para dizer que eu vou oferecer cópia deste laudo para Vossa Excelência.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Nós fomos à SMOV e o Secretário Maurício Dziedricki disse que não existia. Ele procurou e não achou. Só se ele mentiu para nós.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Nobre Verª Margarete Moraes, quero cumprimentá-la e ao Ver. Adeli Sell, pela iniciativa. Acho que, realmente, é uma promoção para Porto Alegre. Eu perguntaria se não houve uma homenagem ao México, no caso, dos desfiles da nossa querida Milka.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Ela recebeu o prêmio de Cidadã de Porto Alegre, isso sim, e, agora, então, nós estamos colocando no Calendário Oficial. Inclusive, ela está entrando com um projeto na Lei de Incentivo à Cultura, no Ministério da Cultura, para conseguir patrocínio oficial, porque toda a renda dos desfiles, como foi dito, ela doa para entidades assistenciais como o GAPA, o Instituto da Mama, o Asilo Padre Cacique, o Instituto da Criança com Diabetes, a Kinder, o Lar Santo Antônio, o Centro de Valorização da Vida, a Casa Lar Mãos Unidas. Ao mesmo tempo em que ela é uma empreendedora, tem uma geração de emprego, de arte, de cultura nesse trabalho, que a estilista Milka propõe. Agradeço e quero contar com o apoio dos Vereadores e Vereadoras desta Casa. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o PLL nº 087/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos presentes.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 6063/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 179/07, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Dia Municipal de Conscientização do X-Frágil e a Semana Municipal de Estudos e Conscientização sobre a Síndrome do X-Frágil e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 11-02-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº 179/07, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni. (Pausa.) Não há quem queria discutir. Em votação. (Pausa.) O Ver. Aldacir Oliboni está com palavra para encaminhar a votação do PLL nº179/07.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Sebastião Melo, nobres Vereadores e Vereadoras, público que nos acompanha pelo Canal 16, é de extrema importância, inicialmente, fazer um esclarecimento do que é o X-Frágil. A Fundação Brasileira da Síndrome do X-Frágil esteve procurando este Vereador, colocando a real situação hoje em que vivem, vamos dizer assim, esses pacientes que sofrem desse retardo mental. Eu até confesso que não tinha conhecimento, Ver. Luiz Braz, do que era o X-Frágil. Aí, fazendo um pequeno estudo, nós fomos convencidos pela Fundação Brasileira da Síndrome do X-Frágil, que atualmente tem como presidente a Cleusa Gassen, e vice-presidente José Temóteo Gomes da Veiga, cuja sede fica localizada aqui em Porto Alegre, na Rua Dona Laura, 1020, sala 112, e tem como site www.xfragil.com.br. Devido às informações trazidas, nós fomos verificar o seguinte: a Síndrome do X-Frágil é a causa herdada mais comum de atraso mental, e é também a causa conhecida mais comum do autismo. Portanto, a cada dois mil homens, um homem tem esse problema; a cada quatro mil mulheres, uma mulher tem esse problema. E quais são esses problemas que tem, vamos dizer assim, um paciente, um cidadão, que é portador do X-Frágil, Ver. João Antonio Dib? Além do atraso mental, outras características proeminentes da Síndrome incluem uma face alongada, orelhas grandes ou salientes, testículos grandes em dimensão. No comportamento, podem-se observar os movimentos estereotipados. Particularmente a pessoa é tímida e o contato ocular é limitado e vem praticamente dos critérios do diagnóstico do autismo. Pois bem, às pessoas que possuem familiares com essa Síndrome ou às famílias que não sabem, a Fundação dá o seguinte conselho: “As pessoas com história familiar da Síndrome do X-Frágil devem procurar aconselhamento genético para determinar a probabilidade de virem a ter filhos afetados para além da gravidade das limitações que podem afetar os descendentes”.

Portanto, a Síndrome do X-Frágil, Ver. João Antonio Dib, não é uma doença que a gente possa prevenir quando a criança nasce; ela é hereditária. Portanto, o que nós estamos criando aqui como sugestão do Projeto de Lei é o Dia Municipal de Conscientização do X-Frágil e a Semana Municipal de Estudos e Conscientização Sobre a Síndrome do X-Frágil, e dá outras providências. O Dia Municipal dessa Síndrome será 22 de setembro e a Semana Municipal de 22 a 28 de setembro.

Penso que essa será uma bela sinalização que a Câmara irá fazer; possivelmente, logo ali adiante, isso também será instituído em nível nacional, até porque essa Fundação está mantendo contato com o Ministério da Saúde, através de vários Deputados do Rio Grande do Sul, para que se façam estudos mais aprofundados e se dê um acompanhamento mais direto, mais seguro a essas famílias que estão nessa situação. Nós pedimos a colaboração dos nobres Vereadores para aprovarmos este Projeto, que é uma bela sinalização feita pela cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o PLL nº 179/07. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos presentes.

Encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 8254/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 278/07, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Programa Municipal de Incentivo à Doação de Medula Óssea e de Sangue do Cordão Umbilical e Placentário – Pró-Medula – e o Dia Municipal de Doação de Medula Óssea e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 8351/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 287/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Ayrton Senna da Silva o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua C – Vila Castelo –, localizado no bairro Restinga.

 

PROC. Nº 9524/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 314/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Governador Synval Sebastião Duarte Guazzelli o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua Doze – Vila Dois Toques –, localizado no bairro Rubem Berta.

 

PROC. Nº 9639/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 320/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Andaluz o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4019 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro Santa Tereza.

 

PROC. Nº 9781/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 322/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que inclui o § 2º no art. 3º da Lei nº 5.456, de 23 de outubro de 1984, e alterações posteriores (que define Pontos de Estacionamento para o serviço de transporte de passageiros em veículos de aluguel – táxi – e estabelece normas), determinando o número de vagas nos pontos de estacionamento fixo.

 

PROC. Nº 0187/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 004/08, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que denomina Rua Júlio Viegas o logradouro público cadastrado, conhecido como Beco Um – Rua Goiás –, localizado no bairro Lomba do Pinheiro.

 

PROC. Nº 0328/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 007/08, de autoria do Ver. Adeli Sell, que estabelece o período de 21 a 30 de junho de cada ano para a divulgação e o incremento do consumo do arroz-de-carreteiro e do charque, inclui esse período no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. Nº 0859/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 008/08, que cria e extingue Funções Gratificadas na Administração Centralizada, altera a redação da letra “c” do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações posteriores. (FG Assistente Técnico)

 

PROC. Nº 8295/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 279/07, de autoria do Ver. Professor Garcia, que declara de utilidade pública a Associação Gaúcha de Familiares de Pacientes Esquizofrênicos – AGAFAPE.

 

PROC. Nº 0131/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 001/08, que acrescenta artigo 3º - A à Lei 8.694, de 03 de janeiro de 2001, que dispõe sobre incentivo no âmbito do poder público municipal, ao Programa de Arrendamento Residencial com opção de compra, instituído pela Medida Provisória nº  1.944-19, de 21 de setembro de 2000, e dá outras providências, com a finalidade de incluir o DEMHAB na dispensa de pagamento nas operações  de  compra de área pública para implementação de equipamentos comunitários, com compensação por parte do Município, em caso de produção habitacional para baixa renda.

 

PROC. Nº 0168/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 002/08, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Geralda dos Santos Moreira o logradouro não-cadastrado, conhecido como Beco dos Amigos, localizado no bairro Serraria.

 

PROC. Nº 0169/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 003/08, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Carlos Artur de Freitas o logradouro não-cadastrado, conhecido como Beco O – Vila do Sargento –, localizado no bairro Serraria.

 

PROC. Nº 0171/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 002/08, que declara de utilidade pública a Associação dos Moradores do Vale dos Canudos.

 

PROC. Nº 0359/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 008/08, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Alcides Ancelmo de Almeida o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua B – Vila Nova Santa Rosa –, localizado no bairro Rubem Berta.

 

PROC. Nº 0430/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 004/08, que declara de utilidade pública o Clube de Mães e Pais Santa Catarina.

 

PROC. Nº 0501/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 006/08, que cria e extingue cargos de provimento efetivo no Departamento Municipal de Limpeza Urbana do Município de Porto Alegre e dá outras providências. (Agente de Limpeza)

 

PROC. Nº 9050/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 085/07, de autoria do Ver. Dr. Raul, que cria, na Câmara Municipal Porto Alegre, a Frente Parlamentar Contra a Violência ao Idoso – FPCVI.

 

PROC. Nº 9780/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 088/07, de autoria dos Vereadores Dr. Goulart, Dr. Raul e Maria Luiza, que cria, na Câmara Municipal de Porto Alegre, a Frente Parlamentar em Defesa do Planejamento Familiar – FPPF.

 

PROC. Nº 0362/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 009/08, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que institui o Dia de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla no Município de Porto Alegre, a ser comemorado anualmente, no dia 30 de novembro.

 

PROC. Nº 0500/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 005/08, que altera o “caput” e o § 1º do art. 7º da Lei nº 9.329, de 22 de dezembro de 2003, que institui, no Município de Porto Alegre, a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública, prevista no art. 149-A da Constituição Federal.

 

PROC. Nº 3454/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 102/07, de autoria da Verª Maristela Meneghetti, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Kledir Alves Ramil.

 

PROC. Nº 7898/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 247/07, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que denomina Rua Thomaz Manoel Silveira o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 959, localizado no bairro Sarandi.

 

PROC. Nº 9065/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 025/07, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que concede temporariamente a isenção de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU – e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN – aos contribuintes residentes e domiciliados ao longo da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, no trecho diretamente afetado pela paralisação das obras que fazem parte do Projeto Linha Rápida.

 

PROC. Nº 9529/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 315/07, de autoria dos Vereadores Ervino Besson e João Carlos Nedel, que denomina Rua Recanto dos Pássaros o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6425, localizado no bairro Ponta Grossa.

 

PROC. Nº 9530/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 316/07, de autoria dos Vereadores Ervino Besson e João Carlos Nedel, que denomina Rua Izabel Vargas Pinto o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6424, localizado no bairro Ponta Grossa.

 

PROC. Nº 9531/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 317/07, de autoria dos Vereadores Ervino Besson e João Carlos Nedel, que denomina Rua Desembargador Dionysio Marques o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6426, localizado no bairro Ponta Grossa.

 

PROC. Nº 9535/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 318/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Irmão Avelino Madalozzo o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 2051 – Loteamento Timbaúva –, localizado no bairro Mário Quintana.

 

PROC. Nº 9955/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 325/07, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua do Jesuíno o logradouro público cadastrado, conhecido como Beco do Jesuíno, localizado no bairro Lageado.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 8469/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 295/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que institui a Semana Municipal de Incentivo ao Esporte da Bocha, a ser realizada anualmente, na quarta semana do mês de setembro, que passa a integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 9908/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 027/07, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que altera o nome do Capítulo III, o art. 194, o “caput” do art. 195, o “caput” e o § 1º do art. 196, o “caput” do art. 198 e o art. 199 no Título XII da Lei Complementar nº 284, de 27 de outubro de 1992, e alterações posteriores – que institui o Código de Edificações de Porto Alegre e dá outras providências –, prevendo separação dos resíduos sólidos secos e orgânicos nas edificações em geral.

 

PROC. Nº 0172/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 003/08, que autoriza a alienação de uma faixa de terra, em forma de polígono, situada nos fundos do terreno que faz frente à Rua Cinco de Novembro, lado par, distanciado 90,60m da Rua General Gomes Carneiro, matrícula 72.898 do Registro de Imóveis da 2ª Zona, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 0429/08 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 001/08, que revoga o artigo 19 da Lei Complementar nº 563, de 30 de janeiro de 2007, e dá outras providências. (processo administrativo/infrações aos Direitos do Consumidor)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Ver. Melo, meu caro Presidente; colegas Vereadores e Vereadoras, ontem, ainda, eu tive a oportunidade de, à frente do Turismo, fazer uma visita ao Porto Alegre Convention & Visitors Bureau, e uma das questões que discutimos é a de que Porto Alegre deva se assumir efetivamente como a capital dos gaúchos e que temos que trabalhar a questão da gastronomia como um elemento importante do turismo, do turismo de eventos, do turismo cultural, do turismo esportivo, porque uma coisa se junta à outra.

Eu vou falar justamente para aqueles militantes do Movimento Tradicionalista Gaúcho para que possamos superar a dicotomia insistente e permanente que existe entre o pessoal dos Piquetes e o pessoal do MTG, uma verdadeira “brigaçada” que não leva a absolutamente nada, que tem que ser superada, e que nós possamos trabalhar, por exemplo, a questão da gastronomia típica por 365 dias por ano.

Eu pergunto o seguinte: o senhor e a senhora que vão a Buenos Aires, neste final de semana, vão encontrar, no momento em que quiserem, uma típica paella, da melhor qualidade, no centro da cidade ou num bairro de periferia; vão encontrar uma casa de tango, segundo o gasto que puderem fazer. Mas o turista que vier a Porto Alegre, e muitos estiveram aqui, recentemente, na Conferência sobre Desenvolvimento de Cidades, o que encontrou? Encontrou um local, um CTG, com a típica dança gaúcha? Não, não encontrou. O que esse turista pode encontrar, em dois lugares apenas, são manifestações culturais da dança gaúcha e latino-americana, de projeção folclórica, mas a típica dança gaúcha ele não vai encontrar. Isso é o fim do mundo, porque nós somos conhecidos no Brasil inteiro pela indumentária gaúcha, pela indumentária do homem e da mulher do Rio Grande do Sul, pelo nosso arroz de carreteiro, de grande tradição, mas nós só comemos arroz de carreteiro, fazemos festa, assamos churrasco no espeto de pau, fincado no chão, na Semana Farroupilha! Eis a contradição que nós vivemos! Eis o dilema que a gente tem que superar! Por isso eu estou propondo, inclusive, a questão de que em junho, num mês frio, no início do Inverno, no primeiro dia, nós consigamos fazer, puxados pelo Município - esse é o papel indutor do Município, o papel de indutor da economia, indutor da gastronomia, da cultura!, a Semana do Arroz de Carreteiro, a Semana do Consumo de Charque, como nós fizemos quando estivemos na SMIC. Fizemos um grande evento, durante uma semana inteira, lá no Mercado Público, onde nós conseguimos fazer com que os donos de açougues e outras lojas vendessem o charque com desconto, que cada restaurante tivesse um prato típico com arroz de carreteiro, com o charque! Enfim, é isso que eu estou propondo, porque eu acho que o papel da Municipalidade é ter uma legislação e que o Poder Legislativo consiga discutir com o Executivo. Talvez alguns digam: “Mas, Ver. Adeli Sell, isso poderia ser um belo Pedido de Providências”. Talvez até fosse, mas como nós temos essa coisa que não vale quase nada, que é o Pedido de Providências, porque o Governo não lhe dá a mínima bola, e temos a legislação, eu tentei achar aqui uma brecha para apresentar um Projeto de Lei. Porque, passando ou não passando, eu quero o debate, porque, ontem, nós fizemos um bom debate - estavam lá o Ver. Newton Braga Rosa, o Ver. Ervino Besson, o Ver. João Carlos Nedel e outros Vereadores -, discutindo esta questão com o Porto Alegre Convention & Visitors Bureau.

Porto Alegre deve ser a capital turística e cultural do Mercosul, pela sua localização, fazendo valer as coisas boas que estão aqui, essa multiplicidade cultural e étnica que nós temos, esse verdadeiro caldeirão cultural, que nós não valorizamos devidamente. Vocês verão que nos próximos dias deve entrar um outro Projeto de Lei meu, aqui, que trata também de uma semana de relação cultural, gastronômica, institucional, econômica, com a Bahia, porque esse é um outro Estado importante com quem temos de fazer essa vinculação. Eu quero fazer um grande debate sobre estes temas, por isso me utilizei de um Projeto de Lei. Talvez tenha essa questão de ser uma mediação entre um Pedido de Providências e um verdadeiro Projeto de Lei, mas eu me contento com um Projeto de Lei, noventa por cento, porque é assim que se faz política também, já que o papel do Legislativo não é devidamente observado e respeitado nesta Cidade. E eu quero fazer, desta tribuna, deste Parlamento, do meu mandato, um elemento importante de difusão cultural da boa gastronomia do Rio Grande do Sul, da cultura e do desenvolvimento econômico. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, nós mudamos o Regimento, e, nessa mudança, a Pauta passou praticamente para o final da Sessão. Acho a Pauta muito importante, que deveria ser discutida no início da Sessão. Na segunda-feira, nós encerramos a Ordem do Dia, e a Pauta não foi vencida, por quê? Porque foi encerrada a Ordem do Dia por falta de quorum, e a Sessão foi encerrada.

Hoje, nós temos 32 Projetos de Lei em Pauta. E como na alteração do Regimento - que foi uma coisa bem-feita - ficaram apenas duas Sessões de discussão preliminar de Pauta, não são mais três, hoje nós venceremos uma parcela desses Projetos. Mas, desses 32 Projetos de Lei apresentados, 13 são denominação de logradouros públicos, quatro são declaração de utilidade pública, outros criam programa municipal de incentivo à doação, etc. Se nós somarmos todos os dias que estão aqui, vão faltar dias, pois são 365 dias no ano - apesar de que, neste ano, tenhamos 366 dias.

Temos aqui um Projeto de Lei do Executivo que, confesso, não consegui entender: “acrescenta artigo 3º-A à Lei nº 8.694, de 03 de janeiro de 2001, que dispõe sobre incentivo no âmbito do Poder Público Municipal, ao Programa de Arrendamento Residencial com opção de compra, instituído pela Medida Provisória nº 1.944-19, de 21 de setembro de 2000, e dá outras providências,...” - é aqui que não entendo “... com a finalidade de incluir o DEMHAB na dispensa de pagamento nas operações de compra de área pública para implementação de equipamentos comunitários, com compensação por parte do Município, em caso de produção habitacional para baixa renda”. O que tem ocorrido aqui é que as áreas públicas do Município são doadas ao DEMHAB, não há compra. Eu não sei se ele está se referindo à compra de área da União ou do Estado, mas não enquadro esse art. 3º-A, que está sendo incluído, na Lei existente. Eu não vejo bem, mas, evidentemente, os doutos da nossa Procuradoria e mais os doutos da Procuradoria de lá, que são em muito maior número, talvez consigam explicar.

Tem aqui um Projeto de Lei do Executivo, que eu havia solicitado que não se discutisse na Pauta antes de trazer o Processo que o Prefeito assinava, que havia sido anexado ao Projeto. A Liderança do Governo realmente providenciou, e o Processo foi trazido para a Casa para que nós pudéssemos discuti-lo. Sete anos de discussão para vender, depois, um terreno de 17 mil e 800 reais. Agora, segundo eu leio aqui, esse terreno está sendo ocupado por um servidor do DMAE, agora aposentado. E eu queria lembrar de uma área de utilidade pública, que foi desapropriada para construir o reservatório Catumbi, iniciada quando eu fui Diretor do DMAE pela primeira vez, e, na Rua Marquês do Pombal, uma sobra de terreno de 170 metros quadrados foi desafetada - eu não entendi nunca por que foi desafetada, uma vez que era propriedade do Município e não de uso comum do povo, era patrimônio do DMAE - para dar, como Direito Real de Uso para um servidor aposentado do DMAE. Eu não entendo por que esses 178 metros e 45 decímetros quadrados que compõem o famoso terreno que a Prefeitura quer vender por 18 mil reais também não foram dados como Direito Real de Uso para o servidor que lá está há muitos anos, já que ele está aposentado, mora ele, a esposa e um filho. Eu fico com essa dúvida. Evidentemente, é um direito do Executivo de vender essa área, mas terá que ser feito por licitação pública. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; queria fazer um alerta a todos os Vereadores e Vereadoras: nós estamos bastante preocupados com essa falta de quórum no momento da Pauta - não é o caso do dia de hoje, felizmente -, porque existem muitos Projetos em Pauta, um excesso de Projetos, e se não andar a Pauta, não haverá Ordem do Dia. Então, nós temos que nos adaptar a essa mudança de Regimento, que acho favorável, positiva, mas os Vereadores devem se atentar de estarem presentes no Plenário no momento da discussão preliminar de Pauta.

Queira falar no Projeto do Ver. Dr. Raul, muito rapidamente, que propõe a criação de uma Frente Parlamentar Contra a Violência ao Idoso. Quero dizer que os idosos, infelizmente, ainda seguem amontoados, acantonados nos ônibus, eles não têm lugar para sentar, não são bem atendidos, a imprensa tem demonstrado isso; as esperas nas filas dos hospitais, a degradação do tratamento deles em algumas casas de saúde, a falta, no Município, de um lugar, Ver. Dr. Raul - o senhor que se preocupa em relação à saúde da família, de um espaço, uma casa de lazer para os idosos.

Agora, eu queria falar no Projeto de Lei Complementar, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que concede temporariamente a isenção de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU - e do ISSQN aos contribuintes residentes e domiciliados ao longo da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, no trecho diretamente afetado pela paralisação das obras. Quero cumprimentar o Ver. Carlos Todeschini, porque isso é uma responsabilidade do Governo Municipal e do Governo Estadual. Há uma paralisia das autoridades, e é preciso o mínimo de reparação ao prejuízo que essas pessoas já tiveram. O Ver. Dib falava em prejuízo social de 20 anos, é quase irrecuperável, mas nós podemos compensar as pessoas que têm um pequeno comércio, as pessoas que saem de casa para trabalhar, os filhos que vão à escola, o desconforto, a sujeira, a poeira. Então que a Prefeitura isentasse esses dois impostos com um mínimo de reparação.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte?

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Com muito carinho, eu concedo um aparte ao autor dessa idéia, nosso querido Ver. Carlos Todeschini.

 

O Sr. Carlos Todeschini: Obrigado pelo aparte, Verª Margarete, nossa querida Líder. Exatamente, esse Projeto tem a intenção, de um lado, de reparar aqueles prejuízos já sofridos, quer seja pelos comerciantes, pelos residentes da margem da Av. Baltazar, pelos estudantes e usuários, e, de outro, também pressionar o Governo para que não aja com tamanho descaso como agiu até agora.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: É um alerta.

 

O Sr. Carlos Todeschini: É um alerta. Desde 2005, que nós, como Câmara, estamos pressionando o Governo Estadual e o Governo Municipal, esse que tem uma responsabilidade indireta, mas uma responsabilidade para que as coisas andem. E nós, sistematicamente, estamos ouvindo notícias de que as obras na Baltazar vão parar, porque o Governo não honra os seus compromissos, as suas obrigações. Obrigado.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Há uma ameaça permanente àquela população.

Essa obra faz parte do Projeto Linha Rápida, tem mais de cinco quilômetros, e está gerando transtornos e prejuízos irreparáveis para os moradores. Inclusive, sabemos que lá tem um tráfego muito grande de carros de pessoas que vêm de Alvorada, da Grande Porto Alegre, o que exige um tempo muito maior de locomoção em relação ao que se gastaria se as obras estivessem concluídas. Eu me lembro que o Secretário Newton Burmeister dizia que toda obra causa um problema - não é, Ver. Todeschini? -, que “não se faz omelete sem quebrar os ovos”. Mas, nesse caso, há um exagero, um absoluto desprezo por aquela população; é só marketing, só faixas, são só fotografias de propaganda do Governo que de fato não resolve o problema. Obrigada, Ver. Sebastião Melo.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu gostaria de iniciar a discussão exatamente no Projeto do Ver. Carlos Todeschini, que, com toda a sua sensibilidade, traz para esta Casa a questão da isenção de impostos para todos aqueles pequenos comerciantes da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, os quais vêm sofrendo, há aproximadamente quatro anos, Ver. Newton Braga Rosa, com o transtorno daquela obra. Nós tivemos várias iniciativas nesta Casa, através da Presidência, dos Vereadores, conjuntamente, visitando a região, visitando as obras, conversando com as pessoas que moram e trabalham na Av. Baltazar de Oliveira Garcia, produzindo reuniões com o Secretário do Governo do Estado, com a Governadora. E nós estivemos lá, Verª Sofia Cavedon, porque aquela obra ficou parada por um ano! Durante 12 meses, as pessoas sofreram ali com aquela problemática. E a obra foi retomada muito lentamente, Ver. Mario Fraga, os trabalhos foram retomados muito lentamente, sem um projeto de construção com a comunidade, especialmente nesta época do ano, em que, daqui a pouco, as escolas retomarão o ano letivo naquela região. São mais de sete escolas somente no final da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, quase na cidade de Alvorada; são cinco quilômetros de obras - obras essas que estão abertas e que estão sendo realizadas todas ao mesmo tempo. Eu nunca vi uma coisa dessas! Eu não entendo de Engenharia, eu não sou Engenheira - o Ver. Carlos Todeschini tem uma experiência nessa área, pois ele trabalhou muito quando da nossa Administração e entende de obras -, mas eu nunca vi, Ver. João Antonio Dib, abrirem cinco quilômetros de uma obra, em toda a sua extensão, ao mesmo tempo, causando um grande transtorno para as pessoas que moram e que trabalham ali. Inclusive, nós estivemos lá e verificamos, junto aos pequenos comerciantes, os problemas decorrentes daquela obra. Já quebrou muita empresa, já fechou posto de gasolina próximo ao Jardim Leopoldina, já fechou comércio, os pequenos comerciantes ali - especialmente as mulheres que estão na economia informal e que trabalham com pequenos comércios, como salão de beleza e pequenas lojas de bijuterias - também já fecharam, já perderam todo o seu investimento de uma vida toda pela inoperância do Governo do Estado e também da Prefeitura Municipal.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado, Verª Maria Celeste. Na nossa Justificativa aqui está explícito, eu faço questão de ler, para a precisão dos termos, corroborando o seu pronunciamento. Numa passagem da Exposição de Motivos, nós dizemos o seguinte (Lê.): “Em que pesem as conseqüências nefastas da interrupção dos pagamentos, ainda contamos com um agravante, a não-utilização da boa técnica para intervenções em vias públicas, pois os gestores da obra autorizaram a realização concomitantemente dos quatros lotes da obra, gerando, com isso, um imenso canteiro de obras ao longo de toda a Avenida Baltazar, que, com a paralisação, transformou o local em um caos, não só para os moradores e comerciantes, mas para transeuntes, passageiros e motoristas”. Obrigado.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Muito bem fundamentado o seu Projeto, Ver. Carlos Todeschini, são em torno de 200 mil pessoas que ali transitam diariamente e que fazem do seu cotidiano uma luta permanente com o trânsito daquela região. Aliás, não é só uma questão de trânsito; o trânsito é uma questão e uma responsabilidade da Prefeitura. A Prefeitura, por muito tempo, Ver. João Antonio Dib, tentou tirar o corpo fora da sua responsabilidade. Tivemos que chamar a EPTC, tivemos que chamar todas as Secretarias, inclusive a SMOV, em função das calçadas que ali foram detonadas, por acidentes causados, inclusive com pessoas que se machucaram, caíram, quebraram perna, braço, com um transtorno muito maior.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Maria Celeste, há um pouquinho de maldade de V. Exª com a Prefeitura Municipal. A Prefeitura não fez a obra, foi o Estado que deu início a ela. Eu acho que os meus colegas engenheiros erraram enormemente, e acho também que o custo social desse erro nunca vai ser calculado. Eu acho que a EPTC agora tinha que fazer a alteração trânsito, porque antes a SMOV não podia fazer reparos, porque havia uma pista para lá e uma pista para cá e não podia parar para fazer reparos. Eu acho que, agora, com essa alteração de trânsito, a Prefeitura tomou a sua responsabilidade, tentando minimizar, porque melhorar não melhorou.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Para concluir, Ver. João Antonio Dib, não há maldade nenhuma. Quem sente na carne e está ali no dia-a-dia daquela região, como eu que sou moradora daquela região, como eu, que sou moradora daquela região, sabemos que a Prefeitura, sim, tem as suas responsabilidades, especialmente no que diz respeito ao trânsito, e a SMOV, no que diz respeito às calçadas que ali foram produzidas, inclusive, com as pessoas jogando lixo, aterro nas calçadas, provocando o desvio dessas calçadas para o passeio dos carros, provocando, inclusive, os acidentes que ali ocorreram.

Só quem mora na região, quem está ali no dia-a-dia sabe o grande prejuízo que causa esta obra da Av. Baltazar. Esperamos que a Governadora agilize isto, mas esperamos muito mais: que a Prefeitura Municipal assuma as suas responsabilidades sobre aquela obra, especialmente no que diz respeito ao trânsito da região. Muito obrigada, Sr. Presidente.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras; senhores e senhoras. Quero aqui, hoje, tratar de dois Projetos ou de dois temas que dizem respeito à Gestão pública municipal e que estão sendo oferecidos pelos colegas Vereadores e Vereadoras.

O primeiro é na área da Saúde, que tanto o Ver. Aldacir Oliboni como o Ver. Dr. Raul apresentam, instituindo o Programa Municipal de Incentivo à Doação de Medula Óssea e de Sangue do Cordão Umbilical. Há o Projeto do Ver. Carlos Todeschini e do Ver. Dr. Raul, que trata da proteção ao idoso.

Agora, vejam só, esses são temas que estão na essência da Gestão pública da Saúde municipal, ou que deveriam estar na essência da Gestão. Se esses temas, Ver. Cassiá, estivessem realmente com programas e projetos em execução, certamente, não precisariam os colegas Vereadores e Vereadoras estarem propondo Projetos de Lei com os temas da Saúde pública do Município, para eles se tornarem realidade.

Isso demonstra, cada vez mais, Ver. Aldacir Oliboni, o senhor que é da oposição, e Ver. Dr. Raul, o senhor que é da base da situação do Governo, que o Governo não está conduzindo o tema da Saúde como a necessidade de que a sociedade precisa; eu nem vou dizer que a sociedade tem direito, mas que precisa. Esta é uma realidade.

Eu fiz, hoje, um Requerimento ao Presidente para que peça à Governadora do Estado, Yeda Crusius, que remeta a esta Casa os repasses dos recursos públicos constitucionais que o Estado deve para o Município, que são de mais de 30 milhões, quase 40, mas, simplesmente, não paga. Portanto, a iniciativa dos colegas Vereadores é importante, mas, se aqueles que têm o seu compromisso constitucional, Ver. João Antonio Dib - e V. Exª sabe que quem cumpre isso é o Governo Federal, repassando diariamente os recursos do SUS para Porto Alegre. Mesmo sendo insuficiente para resolver todos os problemas de saúde, mas é quem cumpre constitucionalmente - e o Estado não cumpre. Ver. Oliboni e Ver. Dr. Raul, quero fazer essa análise dos seus Projetos.

 

O Sr. Aldacir Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, quero parabenizá-lo pela manifestação, e nós precisamos, sim, comparar dados. Se nós observarmos as verbas vindas para o Município do Governo Federal, elas somam mais de 700 milhões de reais somente em 2007. O Governo do Estado - V. Exª fez um desafio, há pouco, fazendo um Requerimento -, nós queremos saber quanto ele investiu, até porque inúmeros programas que deveriam ter sido desenvolvidos no Município não foram feitos. Isso nós estamos aguardando.

 

O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto, eu venho apartear V. Exª para dizer que nós temos uma situação, enquanto Vereadores e fiscalizadores, de legisladores, e que eu acho importante uma frente parlamentar em defesa do idoso no sentido de que nós possamos realmente focar - e, como órgão fiscalizador em especial, nós temos que estar totalmente à disposição da comunidade. A questão do idoso, uma vez que nós temos cada vez mais idosos no nosso País, cuja qualidade de vida deve ser preservada, eu acho importante. Julgo muito importante também a participação deste Legislativo nesse processo.

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Comassetto; número um, com o Presidente Lula, Porto Alegre passou a receber menos recursos para a Saúde; dois, os trinta milhões, de que tanto falam, são devidos, conforme decisão judicial, pelo Governador Olívio Dutra e pelo Governador Germano Rigotto.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Ver. João Antonio Dib, V. Exª só não diz que a Governadora Yeda Crusius e Germano Rigotto não repassaram nenhum centavo desde o primeiro dia desta legislatura nossa aqui, na Câmara de Vereadores. Isso V. Exª não diz. O dinheiro do Governo Federal pode ser insuficiente, mas, diariamente, ele cumpre com os seus deveres constitucionais.

Para concluir, Sr. Presidente, e Ver. João Antonio Dib, meia verdade deixa de ser uma verdade completa. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, cumprimos toda a agenda de trabalho de hoje.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h51min.)

 

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